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terça-feira, 13 de março de 2018

Mortos Amados



Mortos Amados
Emmanuel
por Chico Xavier

            Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte, sentimo-nos como se nos arrancassem o coração para que se faça alvejado fora do peito.  Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram. E bastas vezes,  tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas às estanques, sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos. 

            Compreendemos, sim, neste Outro Lado da Vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo indagando o porquê...  Se varas semelhantes sombras de saudade  e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior.

            Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível; mas não de todo ausente.

            Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam. Enfeita-lhes a memória com as maiores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquilizá-los com o apoio de tua conformidade e de teu amor. Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas.

          Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da Grande Renovação. Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma, no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas  em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para  o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.

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