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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

As Religiões


As Religiões
 por Virgínia
Reformador (FEB) Janeiro 1946

É incontável o número de religiões espalhadas pela Terra. Todas contém adeptos fervorosos e falsos crentes. Todas se apresentam como únicas portadoras da Verdade. Quase todas se odeiam e se guerreiam, empregando armas que o bom senso rejeita e os ensinamentos do Cristo repelem.

Cristo, o Mestre, o Salvador, deve sentir-se mal ao ver que seus Evangelhos são interpretados tão diferentemente, provocando lutas em seu nome.

Entre os chamados cristãos encontraremos centenas de seitas e de religiões, crendo umas que o mau irá para o purgatório ou diretamente para o inferno; outras, que não existe purgatório, mas só inferno, lugar onde o Pai de Bondade atira os filhos que erram; outras, finalmente, que admitem sofrimentos durante a vida corpórea e depois desta, até que o Espírito se purifique.

Assim, para o católico-romano o indivíduo mau irá para o purgatório ou para o inferno. Se for para aquele, com missas e preces pagas poder-se-lhe-á apressar a ida para o Céu mas se for para o inferno, neste ficará eternamente entregue às perversidades do demônio.      

Para o protestante, o indivíduo mau irá diretamente para o inferno, sem escala pelo purgatório, que eles asseveram não existir: É ruim, fogo nele.

Para o espírita, o homem mau ficará sofrendo no espaço ou reencarnará para expiar suas faltas e repará-las, até que, em reencarnações sucessivas, possa alcançar a sua felicidade.

Uns apresentam o Senhor como severo e inflexível; outros o têm como Pai de misericórdia e amor, Pai que observa os erros dos seus filhos, mas, ao invés de castigá-los pela eternidade sem fim, oferece-lhes os meios de salvação.

De qualquer forma, porém, diz-nos a própria razão que os que seguirem contritos as recomendações da sua religião, seja ela qual for, apesar de tais ameaças, terão as bênçãos de Deus, sempre oferecidas para que nenhuma de suas criaturas fique eternamente entregue à dor.

Não basta, porém, dar dinheiro para construções de igrejas, de templos ou de asilos, não basta que se passe o tempo a bater no peito ou frequentar reuniões religiosas, é preciso, sim, que não façamos aos outros o que não queremos que nos façam, fazendo-lhes, antes, o que queríamos que nos fizessem a nós.

Pratiquemos o Bem. Combatamos o Mal e toleremo-nos reciprocamente.


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