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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Dos Alfarrábios - parte 2


Dos Alfarrábios ‘2’ (parte)
Luciano dos Anjos
Reformador (FEB) Fevereiro de 1972

1.        A cruz em que Jesus foi pregado não era uma cruz: era um "T", Ele não a carregou inteiriça (pesaria cerca de 150 quilos!), mas apenas a trave transversal (o patibulum); o tronco vertical (o stipes crucis) já estava fincado no Calvário.  

2.Quando alguém (e resta muito pouca gente que ainda pensa assim) me diz que
o Espiritismo não é uma religião, logo me lembro da palavra de Kardec no discurso de abertura da Sessão Comemorativa dos Mortos na, na Sociedade de Paris, em 1º de novembro de 1868, publicado na "Revue Spirite" de dezembro do mesmo ano, sob o título “O Espiritismo é uma Religião? Disse Kardec:

            “Se assim é, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos glorificamos por isto, porque é a doutrina que funda os elos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as mesmas leis da natureza.”
           
            Os que quiserem maiores esclarecimentos muito lucrarão lendo "A Religião", de Carlos Imbassahy.”


 Dos Alfarrábios ‘2’ (parte)
Luciano dos Anjos
Reformador (FEB) Fevereiro de 1972


3.        Constante do livreto "A Prece", de AlIan Kardec, editado pela FEB, existe ao final a conhecidíssima Prece de Cáritas. Em nota de rodapé, o leitor encontrará também importante advertência: o Espiritismo prefere as preces simples, espontâneas, sem as peias da decoração e do automatismo. Contudo, impossível negar a singeleza da Prece de Cáritas. Por isso mesmo, embora a ressalva, foi incluída naquele livreto. Mas, como talvez muita gente ignore, aqui vai um histórico daquela prece. Ela se encontra na obra francesa "Rayonnements de Ia Via Spirituelle". Foi psicografada. Recebeu-a a médium Mme. W. Krell, no dia 25 de dezembro de 1873. Mme. Krell parece ter sido uma excelente medianeira, devendo-se lhe trabalhos de Musset, Lamartine, Saint Beuve, Chênier, Balzac, Fénelon, Rossini. Delphin de Girardin e... Carita, que por sinal deu outras comunicações também.

            Há, no original francês, detalhe muito curioso. É que no quarto parágrafo existe
uma palavra que foi poeticamente omitida; “aujourdhui” (hoje). Explica-se o fato. Como já disse, ela foi ditada no dia 25 de dezembro de 1873, isto é, no dia do Natal. Havia, portanto, uma alusão direta àquela data.  Há, no original francês, detalhe muito curioso. É que no quarto parágrafo existe uma palavra que foi posteriormente omitida; ‘aujourd’hui’ (hoje). Explica-se o fato. Como já disse, ela foi ditada no dia 25 de dezembro de 1873, isto é, no dia do Natal, Havia, portanto, uma alusão direta àquela data. Mas, perpetuando-se pelo tempo e repetida em muitas outras épocas, aquele ‘aujourhui’  perdeu sua razão de ser.

            Diz o original: "Pieté, mon Dieu, pour celui qui ne vous connait pas, espoir pour celui qui souffre! Que votre bonté permette aujourd’hui aux esprits consolateurs de répandre partout le paix, l‘espèrance et la foi!”

            A versão portuguesa: "Piedade, Senhor, para aqueles que vos não conhecem, esperança para aqueles que sofrem! Que a vossa bondade permita aos Espíritos consoladores espalharem por toda a parte a paz, a esperança e a fé!”


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