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quinta-feira, 16 de março de 2017

Roguemos, auxiliando


Roguemos, auxiliando 
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador (FEB) Dezembro 1956

            Nos serviços de oração, não nos limitemos a pedir.
            Roguemos, auxiliando.
            Todos podemos ajudar.
            Recorda que a proteção do Céu desce à Terra dinamizada de mil modos, através das forças da Natureza.
            O chão seco clama por auxílio, e a fonte desliza a socorrê-lo.
            Sofre o manancial com o rigor da canícula, e a chuva cai, solucionando-lhe os problemas.
            Chora a planta esquecida, e o adubo reconforta-a.
            Suspira a árvore por ajuda, e o orvalho precipita-se por remédio balsamizante.  
            Tudo na vida é interdependência, fraternidade, cooperação. amparo mútuo.
            Não nos esqueçamos, assim, de que, em rogando assistência ao Pai Celestial, podemos colaborar com a Providência Divina, representando-a, junto daqueles que sofrem mais que nós e que afrontam obstáculos que nunca vimos.
            Ninguém é tão pobre que não possa dar um pouco de alegria ao vizinho, que não possa distribuir pequeninas migalhas de tolerância com os familiares necessitados de compreensão, ou que não possa oferecer alguma prece, em favor do enfermo ou do agonizante.
            Por toda parte, é possível observar a existência de gavetas atulhadas de roupa que poderiam servir na substituição dos andrajos daqueles irmãos nossos que sofrem o açoite do frio e do vento, e de cofres saturados de recursos e lembranças cujos donos provavelmente serão, em breve, visitados pela morte e que inutilmente amontoam o que lhes é desnecessário...
            Aprendamos a pedir, doando o que pudermos.
            Roguemos amor, amando os que nos cercam.
            Imploremos o concurso do Céu, espalhando a solidariedade na Terra.
            Não olvides a tragédia das águas estagnadas. 
            Enquanto o riacho que serve a todos corre feliz a caminho do mar, dando e recebendo, auxiliando e sendo auxiliado, o poço de água parada se converte em refúgio de vermes e monstros, disseminando, infeliz, o hálito da enfermidade e o escuro visco da morte. 

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