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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Kardec, Emmanuel e André Luiz


Kardec, Emmanuel e André Luiz 
J. Martins Peralva
Reformador (FEB) Agosto 1970

801 - Porque não ensinaram os Espíritos, em todos os tempos, o que ensinam hoje?
R. - Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido
um alimento que ele não possa digerir.
(“O Livro dos Espíritos").

            Não tivesse Allan Kardec, o insigne missionário da Codificação Espírita, afirmado que do Espiritismo foi dita a primeira palavra e jamais será dita a última”, não sabemos, na verdade, que rumos de ortodoxia, sectarismo e intolerância teria tomado o abençoado movimento que se desenvolve, promissoramente, em plena conformidade com o lema clássico: Trabalho, Solidariedade e Tolerância.

            Prevaleceu, no entanto, nessa como em outras afirmações o bom-senso do Codificador. E prevaleceu, de maneira indelével. Outros movimentos, filosóficos e religiosos, tem estacionado, ou desaparecido, no tempo e no espaço, dada a propensão humana para estratificar ideias e conhecimentos.

            A frase kardequiana, contudo, alargou os horizontes do Espiritismo, tornando-o Doutrina elástica, em condições de acompanhar, com vantagens e altaneiramente, o progresso humano, em vários ramos do conhecimento e da moral. O corpo de doutrina que a sabedoria do mestre sistematizou, dando-lhe base científica, transcorridos já cento e treze anos da publicação da obra fundamental - “O Livro dos Espíritos” -, continua sendo aquela fonte maravilhosa, por meio da qual se efetiva o progresso da sua expansibilidade.

            A estrutura da Doutrina dos Espíritos, tão atualizada, em nossos dias, quanto no terceiro quartel do século XIX, recebe, contemporaneamente, através do trabalho de Emmanuel, André Luiz e outros queridos Instrutores, subsídios que a enriquecem, sobremaneira, dando-lhe força incomum e beleza rara.

            Nos livros que as mãos missionárias de Francisco Cândido Xavier psicografam, diuturnamente, jamais se encontraram informações duvidosas ou controvérsias em relação ao pensamento de Allan Kardec. Tudo, neles, funciona à maneira de opulento garimpo de luz a redescobrir, a revelar a grandeza da obra kardequiana.

            Kardec, Emmanuel, André Luiz! Unem-se os missionários de Nosso Senhor Jesus-Cristo para a vitalização, cada vez maior, de uma doutrina que não esmaece no tempo, mantendo, isto sim, em seu interior e na sua fisionomia, aquela tonalidade, aquela rutilância e aquele calor indicadores de saúde plena...

            A Doutrina que o gênio de Allan Kardec ajudou a edificar, na condição de vaso escolhido, encarnado, simboliza veio inexaurível, de onde os Benfeitores de Mais Alto extraem luminosas expressões de sublimidade, em complementação indefinível, que nos enternecem o Espírito e reconfortam o coração.


            E não podia ser diferente, porque o que têm dito os Espíritos, hoje, não podia ser falado ontem, quando o que foi ensinado no século passado não prescindiria do esclarecimento da atualidade.

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