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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Celina fala aos Médiuns

Celina fala aos médiuns

Data: 15.7.1880, dia da inauguração do Grupo dos Humildes.
Médium: Frederico Jr. Reformador (FEB) 1.12.1916
           
            Eu sou Celina.

            O meu nome indica a minha origem: Mensageira de Deus. Venho dizer-vos que é aqui onde piso que se deve estabelecer a sede da verdadeira crença no Espiritismo.

            Trago-vos a pedra que deve servir de base ao vosso edifício. Lance-a na terra e comece a vossa obra.

            Ocupai-vos, primeiramente, só da educação dos médiuns.

            Escolhei-os, vede que nele encontrem todas as qualidades precisas para bons instrumentos. Não é somente a faculdade de poder transmitir vozes alheias o que deveis nelas buscar, não.

            Deveis primeiramente procurar conhecer se eles se acham dispostos a se compenetrarem da santa e verdadeira tarefa que lhes é confiada. Vede, é mister que os vossos médiuns não só estudem a Doutrina; mas é preciso que eles se julguem como partes necessárias ao edifÍcio levantado por ordem superior.

            É mister que eles se desliguem dos defeitos a que a matéria os possa impelir, e que se refugiem completamente no seu espírito e se resignem a pertencer mais a Deus do que ao mundo.

            Da moralidade dos médiuns dependerá a recepção dos puros espíritos. É mister que se dispam do egoísmo, da inveja, do ódio, do ciúme, da vaidade, das lascívia, do sensualismo, todos esses defeitos que arrastam a humanidade ao abismo, à perdição.

            Educai-os em todo sentido, moral e intelectualmente, sem o que jamais podereis conseguir o fim desejado.

            É mister que eles se compenetrem que nos olhos de Deus nada pode ser oculto e que aquele que aceitar a missão que lhe foi imposta e não envidar todos os esforços para tornar-se um verdadeiro instrumento, tem por duas vezes ofendido o seu Criador.

            Quando se sentirem vacilar, despontando em seu seio qualquer um desses defeitos, levantem os olhos ao céu e chamem Ismael. Ele vos enviará Celina, trazendo-vos parte da pureza do Mártir do Gólgota.

            Seja Jesus o vosso exemplo, em todo o sentido.

            Lembrai-vos que Ele não precisava sofrer, porque não havia delinquido e por amor da humanidade despiu-se de tudo, para unicamente cumprir a sua missão.

            Vede vós, que já nesta, já em outras existências, tendes incorrido em grande erros, se deveis ou não buscar purificar-vos.

            Da pureza dos médiuns dependerá a transmissão da verdadeira luz que Deus, por seu intermédio, transmitirá a seus filhos, para seu ensino e ensino dos seus semelhantes.

            Vede bem, já vos disse e repito; a tarefa é árdua; mas se pudésseis, como eu, ver a glória imensa para aquele que compreender e se dedicar espontaneamente em prol do gênero humano, não hesitareis um só momento em tudo deixar para seguir as pisadas do Cristo.

            Quem mais do que Ele sofreu? Ninguém. Vós que tendes consciência, que incorres constantemente em seu desagrado, aproveita o santelmo que Ele vos oferece: a tábua de salvação que vos é outorgada, por sua bondade infinita!

            Adeus, meus irmãos, vou às regiões donde fui mandada e aqui vos deixo o estandarte de vossa nova escola, e sobre vossos corações eu lanço a fé, o amor e a caridade que Cristo nos envia. Celina  

            ... Registre-se ainda que, aos 15 de Julho de 1880, quando da 1ª reunião do Grupo Ismael, foi ele (Frederico Jr.) quem serviu de instrumento à doce Celina. Esta, menina angelical e irradiante, apareceu descalça, com um pé no espaço e outro apontando o Rio de Janeiro, num globo terrestre, e dizendo que ali, naquele local, floresceria a árvore do Evangelho. A Casa de Ismael nascia, portanto. Celina tinha nas mãos um belo estandarte, conclamando a humanidade à fé, à esperança e à caridade...

 Em Reformador (FEB) 16 Maio de 1920

            Manifesta-se Celina, espírito angélico, que a todos os videntes se apresenta sob o aspecto de meiga e encantadora criança. Vamos ao texto:

            "Paz, irmãozinhos meus. Na ampulheta do tempo se escoam os últimos grãos de areia marcando o fim de um ciclo que se encerra, ciclo em que a humanidade tresvairou num dédalo de crimes e de erros, e o início de um novo mundo regenerado, habitado por espíritos que, trabalhados pela dor, depurados pelo sofrimento, virão enfim gozar o prêmio de seus esforços, tomando parte no concerto universal dos que cantam hosanas ao Senhor.

            A nossa Mãe Santíssima me envia a vós para saudar-vos em Seu nome e dizer-vos:

            "Meu filhinhos, imenso é o amor que vos consagro.

            Sofro convosco e convosco me alegro. Meu espírito vibra de intenso júbilo quando vos vejo nortear a vossa conduta pelos preceitos de moral que vos ensinou aquele que na terra foi meu filho; e meu coração se confrange quando noto que procurais o caminho do mal, por onde ireis à perdição

            Meu pensamento não se desvia um só momento de vós, imprecando ao Pai que vos dê forças para que carregueis a vossa cruz sem murmurar, a fim de que não percais o vosso tempo, que é precioso, visto não saberdes quando chegará a vossa hora. Rogo a Deus que vos torne capazes de dizer, nos momentos mais angustiosos de vossa existência terrena, por mais acerbo que seja o sofrimento; cumpra-se nos escravos a vontade do Senhor.

            De escravos que sois da matéria transformai-vos em senhores. Para isso dispondes de poderosa alavanca - a vontade - que, posta em ação, remove montanhas.

            Se os meus conselhos penetrarem os vossos corações, meus filhinhos, tereis finalmente tragado a morte na vitória, atingindo a meta suprema, o objetivo principal da vossa peregrinação, que é a perfeição sideral.

            Permita o Pai que o consigais e aceitai o ósculo amoroso d 'Aquela a quem, nos momentos de aflição, vos dirigis, dando-lhe o doce e meigo nome de Mãe"

            Cumprida a missão que me incumbiu a Virgem, ofereço-vos a minha fronte de criança e vos rogo que nela também depositeis um ósculo, certos de que um dia saberei retribuir-vos carinhosamente.

            A paz do Senhor seja convosco.           Celina


Ainda Celina...

(Página recebida na Federação Espírita Brasileira, no Rio de Janeiro, RJ, na reunião
do Grupo Ismael da noite de 6-8-1981, pelo médium Olímpio Giffoni)

            Meus irmãos,

            A fonte deixa correr a linfa pura, que brota de entre as rochas, despreocupada com o emprego que dela farão dali em diante. 'Por certo se regozijaria se pudesse manifestar emoções com a carícia dos pássaros que lhe beijam o regaço, para de gota em gota mitigar a sede; ou com as lágrimas, vertidas pelo viajor exausto, que dela se vale para refrescar o rosto escaldado pela inclemência do Sol e saciar a sede que lhe resseca as entranhas.

            Sois colocados para a sublime missão de, como a fonte, deixar correr de entre vós a linfa cristalina que desce do Céu para dessedentar os que têm sede de Sabedoria Divina. Abri os vossos corações, dai curso ao que do Céu recebeis e não vos importeis com o mau uso que dela farão; contentai-vos, amados meus, com o bem que dela fizerem os que receberem com alegria a Mensagem de Vida Eterna.

            Como a fonte, amados do meu Senhor, regozijai-vos com o aproveitamento dos que derem prosseguimento com fidelidade ao que lhes transmitistes. Tanto quanto vos seja possível, limpai o caminho para que ela possa alcançar o mais longe possível sem se contaminar.

            Os obreiros da Vinha do Senhor, que vos antecederam, da mesma forma como hoje, tiveram de defrontar-se com os detratores que procuraram impedir o curso normal das mensagens do Meigo Nazareno, mas apesar destes as mensagens prosseguem a sua jornada vitoriosa, levando no seu bojo inclusive os que tentaram impedir-lhe a marcha.

            Prossegui, amados do meu Senhor, levantando bem alto o estandarte do Anjo Ismael, que proclama o lema DEUS, CRISTO E CARIDADE.

            Vossa irmã em Jesus Senhor Nosso,   Celina


Um comentário:

  1. Deus e Maria Santíssima continue abençoando a nossa amada irmã Celina!

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