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domingo, 24 de janeiro de 2016

O Convertido de Damasco



No altar do infinito, ergue-se o quadro estupendo, eloquente, vívido, que mostra à Humanidade o convertido de Damasco!

Saulo transitava pelo mundo, condecorando-se com os títulos que a Terra lhe ofertava, amparado pelo orgulho paterno, crescendo no conceito de sua época.

Todavia, bastou-lhe apenas um segundo, na estrada de Damasco, para, numa explosão de luz, erguer-se na consciência de sua obrigação maior, face às necessidades do Cristianismo nascente.

Após entrevista com o Mestre e Senhor, na cintilação da luz, transformar-se-ia no grande Apóstolo Paulo, levando aos povos a palavra estudada, inspirada, daquele a quem perseguira inexoravelmente!

Ofertou à Humanidade mais do que vibrantes palavras de estudo e roteiro para a viagem terrestre. Iluminou-se com os clarões da eterna Verdade, através do estudo metódica e amorosamente feito; e, convicto do grande ideal de Jesus, filia-se ao
Cristianismo, expondo-se ao provável martírio.

Entretanto, examinando-o, no perpassar dos séculos, reflitamos na responsabilidade que assumimos ao encontrar, centenas de vezes, o Mestre amado nas trilhas de nossos desvarios, nas repetidas promessas de regeneração e nas quedas sucessivas ao longo do tempo.

Diante do esplendor com que o Espiritismo se revela ao mundo, na feição de Cristianismo redivivo, de Consolador prometido - mensagem do Pai misericordioso que não esquece os filhos, atados, por vontade própria, às pesadas cadeias da escravidão -, coloquemo-nos, em definitivo, na posição de candidatos ao serviço redentor, olvidando caprichos e orgulhos, erros e presunções, preconceitos e dúvidas, e avancemos realizando no silêncio dos nossos corações o estudo sublime, base sólida da nossa libertação.

Ergamos a nossa tenda de trabalho junto aos áridos desertos em que humanos corações transitam como caravaneiros, na busca das ilusões que os perderão fatalmente.

Levantemos a voz na manifestação das excelsas verdades, votando-nos às tarefas grandiosas da transformação do planeta.

A Seara continua sempre mais necessitada de nossa cooperação, e Jesus, o Mestre e Senhor, em nossa estrada de Damasco, ainda nos indaga, como ontem:

- Por que me persegues?
- Por que duvidas?
- Por que não vens?

Conduzamo-nos como discípulos ciosos de nossas obrigações, plenos da fé cristã, da esperança radiosa na Verdade inconteste, e sigamos para 'diante, obedientes à Vontade de nosso Mestre e Senhor...

Que Ele nos abençoe.

 O Convertido de Damasco
Bezerra de Menezes
por Mª Cecília Paiva

Reformador (FEB) Agosto 1976

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