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sábado, 12 de setembro de 2015

Página de Amor


            Amar ainda e sempre, para nós todos, os obreiros da Terra, é incessante desafio.

            Isso porque amar é dar-se, no que possuamos ou sejamos de melhor.

            A beneficência é a preciosa iniciação.

            Entregamos o que nos sobre em reconforto e, ao nos adiantarmos em sentimento, dividimos com os outros aquilo que se nos faça necessário, até mesmo em nos referindo aos recursos primários que se nos mostram indispensáveis à vida.

            Surge, porém, para cada um de nós, o momento de dar-se. Dar-se nos mais íntimos pontos de vista. Doar-se em bondade e desprendimento, compreensão e renúncia, sem nada pedir em troca.

            Abençoar a felicidade da pessoa ou das pessoas a quem mais amamos, mesmo quando a felicidade delas não se padronize pelos modelos em que se nos configura a alegria.


            Se, erguidos a semelhante prova, recusamos sofrimento e mudança, conformidade e reajuste, exigindo algo em nosso favor, efetivamente não estaremos amando, ou, então, estaremos amando muito imperfeitamente ainda. Mas, se aceitamos amar como se deve amar, surpreendemos a fonte da paz no imo do nosso próprio espírito, porquanto, libertando e amparando os outros, simultaneamente estaremos amparando e libertando a nós mesmos.

            O amor imaginário, a basear-se no egoísmo, cria desilusão e enfermidade, desequilíbrio e morte.

            O amor autêntico, no entanto, dando o melhor de si sem cogitar de si, gera grandeza e paz, aperfeiçoamento e alegria. Isso acontece porque toda vez que amamos particularmente a alguém que se encontra muito longe de responder-nos com qualquer migalha de compreensão e de afeto elevamo-nos ao amor do Cristo, que nos ama sem que realmente o amemos ainda, reconhecendo, por fim, que esse alguém refratário ao nosso amor é, tanto quanto nós, um ser de origem divina, profundamente amado e constantemente sustentado por Deus.

Página de Amor
Emmanuel por Chico Xavier

Reformador (FEB) Julho 1974

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