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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Compaixão para os ofensores

Compaixão
 para os ofensores

Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Nov 1956

            Realmente, a compaixão é o tratamento mais elevado e mais justo que devemos prestar àqueles que nos ofendem.

            Quem sofre com paciência e perdão solve a dívida do passado ou acumula créditos no porvir; ao revés, quem gera a flagelação para os outros não, sabe quando conseguirá extinguir a flagelação para si mesmo.

            Sempre que insultado pelas trevas da incompreensão e do crime, guarda serenidade e auxilia sempre.

            A cabeça do calculista, que se aproveita do raciocínio para estender a miséria, pode amanhã transformar-se no esconderijo da loucura, e as mãos que apedrejam serão mirradas pela atrofia.

            A alma do desertor encontra os fantasmas que temem e a língua do maldizente talvez amanhã será compelida a dolorosa mudez.

            Os olhos que se alegram na crueldade conhecerão a cegueira, e os pés que se movimentam na distribuição da calúnia passarão, muitas vezes, por terríveis mutilações.

            Compadece-te de todos os que se confiam ao mal porque ninguém sabe quantas lágrimas chorará; o mandante do sofrimento, nas grades do remorso, para lavar-se contra o lodo da culpa.

            Arma-te de coragem para fazer o bem, ainda mesmo que espinheiros e nuvens, fogo e fel te cruzem a jornada escabrosa na Terra, porque só o bem é capaz de fundir as algemas do ódio convertendo-as em divinos laços de amor.

            Recorda o Cristo, bendizendo aqueles que te chagaram o coração e segue adiante, ajudando e servindo sempre, na certeza de que os carrascos de hoje serão, sem dúvida, os penitentes de amanhã, sentenciados não por ti, mas pelo estigma da condenação que lavraram, desprevenidos e insensatos, em desfavor de si mesmos.


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