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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Crianças Doentes


Crianças Doentes
Meimei
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Outubro 1961


            Acalentas nos braços o filhinho robusto que o lar te trouxe e, com razão, te orgulhas dessa pérola viva. Os dedos lembram flores desabrochando, os olhos trazem fulgurações dos astros, os cabelos recordam estrigas de luz e a boca assemelha-se a concha nacarada, em que os teus beijos de ternura desfalecem de amor.

            Guarda-o, de encontro ao peito, por tesouro celeste, mas estende compassivas mãos aos pequeninos enfermos que chegam à Terra como lírios contundidos pelo granizo do sofrimento.

            Para muitos deles, o dia claro inda vem muito longe...

            São aves cegas que não conhecem o próprio ninho, pássaros mutilados esmolando socorro em recantos sombrios da floresta do mundo!. " Às vezes, parecem anjos pregados na cruz de um corpo paralítico ou mostram no olhar a profunda tristeza da mente anuviada de densas trevas.

            Há quem diga que devem ser exterminados para que os homens não se inquietem; contudo, Deus, que é a Bondade Perfeita, no-los confia hoje, para que a vida, amanhã, se levante mais bela.

            Diante, pois, do teu filhinho quinhoado de reconforto, pensa neles! São nossos outros filhos do coração, que volvem das existências passadas, mendigando entendimento e carinho, a fim de que se desfaçam dos débitos contraídos consigo mesmos...

            Entretanto, não lhes aguardes rogativas de compaixão, de vez que, por agora, sabem tão somente padecer e chorar.

            Enternece-te e auxilia-os, quanto possas!..

            E, cada vez que lhes ofertes a hora de assistência ou a migalha de serviço, o leito agasalhante ou a lata de leite, a peça de roupa ou a carícia do talco, perceberás que o júbilo do Bem Eterno te envolve a alma no perfume da gratidão e na melodia da
bênção.



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