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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

As Maravilhas do Evangelho


As Maravilhas
 do Evangelho

Sylvio Brito Soares
Reformador (FEB) Outubro 1961

            E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro, de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra removida do sepulcro.
(João, 20:1)

            Quando buscamos o Evangelho com o propósito de nele encontrarmos alimento para a nossa alma, é naturalíssimo que coloquemos em segundo plano o evento histórico, para nos atermos de preferência ao sentido subjetivo dos relatos evangélicos.

            Nesse versículo, que acabamos de citar, colhemos uma lição magnífica, isto é, a lição da coragem, da decisão e da fé ativa!

            Maria Madalena, essa heroína que, sem medir a extensão de seu gesto no seio da sociedade em que vivia, abandonou as coisas do mundo para que maior plenitude pudessem nela encontrar as coisas do céu, é evidentemente um padrão de confiança, de atitudes decisivas, porque ela passou a compreender e a sentir o amor através de uma concepção superior, de uma visão mais alta e, por ísso mesmo, pouco acessível à generalidade das mentes e ao sentimentalismo humano.

            Ela bem simboliza a voz que clama contra o desânimo, a voz que lança o brado de guerra contra essa dor piegas e incompatível com a pura essência do Cristianismo!

            O homem de fé robusta, quando a desgraça lhe atinge o coração, não se entrega a lamentações inúteis e a desesperos tolos, porque, assim procedendo, ele sabe que não solucionará a situação e nem acalmará a dor.

            Seja qual for a provação por que passemos, o que nos cumpre é imitar a atitude de Madalena!

            Enquanto os discípulos de Jesus, na hora difícil, sentiram abalada sua convicção nos ensinamentos do divino Mestre e se refugiaram, transidos de medo, Maria de Magdala, ainda bem não despontara o dia, sozinha e destemida se dirige até ao sepulcro, onde o corpo de seu Mestre amado fora depositado.

            E porque confiava nas palavras do Cristo, porque sabia que os bafejados com a luz da verdade tinham de ser uma força em constante atividade, por isso mesmo foi a primeira a receber a mensagem de Jesus, após seu martírio no Gólgota.

            O desânimo, as lamúrias e os desesperos são forças negativas que nada resolvem, antes agravam as nossas próprias dores, porque nos impedem de receber de nossos irmãos do Além os bálsamos suavizantes de conforto espiritual!


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