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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

'Mediunidade Curadora'


Mediunidade Curadora
José Monteiro Lima
Reformador (FEB) Outubro 1947

            A força magnético-mediúnica que emana principalmente dos dedos, dos olhos, da boca e, finalmente, do corpo todo, não é coisa nova. Desde os mais antigos tempos tem sido empregada pelos mais diferentes povos como recurso de cura das doenças do corpo e do Espírito. Os antigos sacerdotes da Caldeia, do Egito e da Índia praticavam este processo de cura. Jesus e os seus apóstolos empregaram muitas vezes a cura mediúnica com o mais extraordinário êxito. Eis como o evangelista Lucas (4 :40) se refere a Jesus: "Todos os que tinham enfermos de várias doenças lh'os traziam, e, pondo as mãos sobre cada um deles, os curava".

            Paracelso, Vinhelmont, Mesmer e os seus seguidores aplicaram também este processo de cura, mas infelizmente não foram compreendidos. A História nos conta numerosos fatos, onde o magnetismo animal foi empregado com o fim de curar.

            Pirro diz que Plutarco curava as doenças de origem nervosa, passando as mãos no lugar onde supunha ter origem o mal. Vespasiano curou um cego, esfregando lhe saliva nos olhos e curou um paralítico, apenas tocando-lhe com as mãos. Plínio sustenta que há pessoas dotadas de propriedades medicinais. É o "dom de curar" de que nos fala São Paulo.

            Na história religiosa dos judeus, egípcios, gregos e romanos, encontramos, a cada passo, a aplicação das mãos, as fricções, o sopro, etc., como elementos de cura das doenças. Próspero Alpino refere que os egípcios curavam por meio de misteriosas fricções. Sto. Agostinho (admitamos aqui o "santo" para precisar o indivíduo) reconhece que há pessoas que podem curar por meio do contato e do sopro.

            Durville, De Rochas, Luys, Goudard e tantos outros cientistas afirmaram em caráter científico que "todas as pessoas de ambos os sexos emitem de todo o seu ser, especialmente dos olhos, nariz e dedos, o fluido ódico ou vital em maior ou menor quantidade; tanto maior, quanto melhor o estado de saúde física ou psíquica da pessoa".

            As experiências de Reichenbach provaram que o fluido humano, melhor que os raios X, não conhece obstáculos.

            "Os seres humanos, diz o. Dr. Luys, não emitem apenas calor em torno deles. Modernas experiências, começadas por Reichenbach e prosseguidas por De Rochas e nos meus trabalhos sobre hipnologia, nos permitem afirmar que, ao lado do fluido calorífico, há agentes elétricos e magnéticos que irradiam -dos seres vivos, e que constituem forças vivas que se exteriorizam e formam, em torno dele, uma sorte de atmosfera invisível aos nossos olhos, mas visível para certos indivíduos e em determinadas condições" (Spiritisme et Anarchie, Bouvery, pág. 386). 

            Com efeito, o Dr. Baraduc obteve fotografias destas radiações por meio de processos eletrográficos .

            As experiências mais extraordinárias foram, sem dúvidas, as do Dr. Iodko, que conseguira, por meio de um dispositivo que utilizava os raios Roentgen, tornar visível a todos a fluorescência eletro-humanas.

            Como se vê, nada há aí de miraculoso, mas apenas a exteriorização de uma força natural, que em certos indivíduos é altamente curativa. Estão, nesse caso, as curas conseguidas pelo padre Antônio Ribeiro Pinto, de Rio Casca, que é apenas um médium curador.

            Segundo declarações publicadas em ‘O Globo’ de 5 do corrente, um japonês que se chama Mituso Sato, de Lins, São Paulo, está fazendo igualmente curas extraordinárias em nome do Buda. São os sinais dos tempos.


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