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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

'Combate à Mediunidade'


Combate
à Mediunidade

Bezerra de Menezes
por  Divaldo Franco


Reformador (FEB) Dezembro 1978

            Periodicamente, na Terra, a Mediunidade padece de rude perseguição, com que as forças representativas da Treva e da ignorância pretendem silenciar o intercâmbio com a vida além das fronteiras carnais.

            Do apedrejamento puro e simples da Antiguidade às fogueiras e aos cárceres medievais, das acusações de feitiçarias às diagnoses de histeria e loucura os médiuns sofrem hoje, nos próprios arraiais do Movimento Espírita, insidiosa campanha por parte de companheiros invigilantes ou presunçosos.

            Dizendo-se arrimados nas conclusões das modernas ciências da psique, não se dão conta de que agem, quando agridem a Mediunidade com Jesus, na condição de instrumento dócil das Entidades perversas, que deles se utilizam, dando continuidade, com aparência nova, à antiga perseguição de que, sequer, Jesus foi exceção...

            Exigem provas, suspeitosos, asseverando que onde se fazem presentes não medra o fenômeno mediúnico, porque ali o fenômeno não ocorre, esquecidos de que, em verdade, pessoas há neutralizantes ou fortemente dirigidas por hábeis verdugos da Erraticidade inferior, que se comprazem em criar problemas e dificuldades na gleba da esperança.

            A Mediunidade com Jesus é porta de libertação e medicamento salutar, consolo poderoso e diretriz de segurança para todos nós, desencarnados e encarnados, a serviço da Vida Maior.

            De poucos recursos ou de alta potencialidade, a faculdade mediúnica colocada na ação do bem é portal luminoso em favor dos que marcham na direção do futuro melhor.

            Obviamente que o estudo deve constituir uma bússola para todo médium. No entanto, a ação da caridade é-lhe a meta essencial.

            O conhecimento do mecanismo da própria faculdade bem como as técnicas para o seu sadio exercício devem constituir ponto de segurança no cometimento medianímico. Sem embargo, a vivência cristã, mediante correta conduta, espírito de solidariedade fraternal, verbo edificante nos lábios, sem ironia nem azedume, no exercício da misericórdia, constitui base para a segurança do médium e o êxito do ministério da Mediunidade.

            A prática mediúnica consciente é de relevante utilidade nos dias atuais, como foi no passado e será no porvir.

            Graças à Revelação Espírita, no seu nobre compromisso de "Consolador", surgiu a metodologia para o labor mediúnico que, convenientemente aplicada, resguarda dos perigos a que se expunham, no passado, os portadores desse abençoado instrumento de caridade e luz, propiciando-lhes saúde, discernimento e paz.

            Sempre houve, como haverá, acusadores e cépticos nas diversas camadas humanas e nos múltiplos períodos da evolução do pensamento, que a morte espera, recebe e demonstra, com o rigor da realidade, a legítima vitória da vida após o túmulo.

            Estejam atentos os fiéis trabalhadores do Evangelho, a fim de prosseguirem no serviço do Cristo de Deus, sem se perturbarem com quaisquer acusações que lhes cheguem, mantendo pura a consciência e servindo sem cansaço a mole humana que tanto comovia Jesus, e que, ainda hoje, tem nele o seu fanal.

            Maria de Nazaré revelou a excelência da Mediunidade sublimada.

            Saulo, embora a honesta fidelidade ao Mosaísmo, saiu a matar, dirigido por mentes impiedosas, até o momento em que Jesus, utilizando-lhe as faculdades, chamou-o para a vida nova, tornando-o o grande libertador de consciências e pregoeiro da Verdade.

            João, o Batista, excedendo-se nas invectivas contra Herodes e Herodíades, que viviam em lamentável conúbio obsessivo, caiu nas malhas da própria impiedade por não ter usado de misericórdia para com os infelizes em erro, padecendo a decapitação.

            Pedro, aturdido, em face da Mediunidade atenazada, entregou-se à caridade após a negação e se tornou o médium da Igreja Viva e Sublime da Espiritualidade, experimentando incomparáveis momentos de comunhão com Jesus, após o túmulo, até o momento da libertação final.

            Exercitemos a mediunidade com abnegação e humildade, amando e servindo sem cessar; enquanto os semeadores da perseguição e da calúnia perturbam as mentes fracas e dominam as almas afins, nós, produzindo no bem, como devemos, oraremos por eles, nossos irmãos obsidiados e obsessores, amando-os e perdoando-os. De nossa parte, prossigamos com Jesus, para Jesus e por Jesus, sem cansaço nem receio, conforme as amorosas recomendações de Allan Kardec, no luminoso postulado: "Fora da Caridade não há salvação."




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