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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Lei e Consciência


Lei e Consciência

Martins Peralva

A Lei de Deus está escrita na consciência do homem. - (De "O Livro dos Espíritos".)

            A ideia geral, mesmo nos tempos em curso, é de que, à maneira dos códigos terrestres, a Lei está fora de nós e, de fora para dentro, nos influencia os destinos. Os Espíritos, contudo, corrigem-na, esclarecendo que a Lei está escrita na consciência do ser encarnado.

            Dessa maneira, é impossível ao que desrespeitou a Lei escapar às sanções naturalmente impostas por essa mesma Lei, no que se positiva o princípio da “justiça imanente”, aceito, postulado e difundido pelo Espiritismo.

            Não adiantará ao homem apresentar-se como justo, ou como justo ser considerado, se a consciência desse homem lhe fala de reiteradas infrações.

            Deus é AMOR e PAZ imensuráveis.

            Se temos paz e o nosso coração vibra de amor para com o próximo, é óbvio que a nossa consciência, como um espelho divino, reflete, sem nuvens ou nódoas de qualquer natureza, a face do Pai Celestial.

            Quando interpelamos a consciência e ela não nos condena, o nosso ser inunda-se de maravilhosa e sublime paz; no entanto, quando ela nos acusa, o nosso ser se inquieta, se agita, sofre.

            Afirma Humberto de Campos, alhures: mais vale ao homem ter o mundo contra si e a consciência a seu favor, do que ter o mundo ao seu lado e a consciência contra ele.

            Evidentemente - todos bem o sentimos - a Lei não está fora de nós.

            A Lei instalou o seu “tribunal” no santuário da consciência.

            Isentos de culpas, isolamo-nos, preservamo-nos, defendemo-nos contra as forças negativas exteriores, por mais tenebrosas, terríveis, medonhas, sejam essas forças.

            Consciência tranquila, consciência em paz, é sinônimo de resistência, de equilíbrio, de vitória, de felicidade.

            A prática do bem dá ao homem esse estado de venturosa euforia, capaz de fazê-lo enfrentar, superar, vencer o turbilhão de lutas provacionais que assinalam, de forma dolorosa, os atuais experimentos evolutivos do ser encarnado.

            Identificar-nos, pois, com o bem, na sua lídima, genuína expressão evangélica, afeiçoando-nos ao seu clima, é garantirmos, agora e sempre, a Presença de Deus no santuário de nossa alma eterna, porque, consoante esclarece a Doutrina Espírita, a Lei está escrita na consciência do homem.
Reformador (FEB) Nov 1958


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