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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

'A Tarefa dos Espíritas'



A Tarefa
dos Espíritas

            Malgrado nosso apreciável progresso realizado no terreno moral e social, graças à influência benfazeja do Cristianismo, infelizmente não podemos dizer o mesmo com respeito à espiritualidade, dado o desnaturamento dos ensinos do Nazareno por parte de algumas religiões, que colocam seus interesses acima dos interesses de Deus, retardando, assim, o Seu reino na Terra.

            O progresso alcançado naqueles setores é tamanho, que hoje nos repugnam as guerras, os crimes, os sentimentos malsãos. Por isso, nós, os que esposamos os ensinamentos de Jesus e buscamos pô-los em prática, nos entristecemos diante da calamidade moral que ainda envolve o mundo, se bem que os seus causadores representem minoria.

            A ambição pelos bens terrenos e pelos prazeres fáceis cresce e recresce, desmesuradamente, dando a impressão de que a vida na Terra é eterna, de que não teremos, um dia, que deixá-la com tudo o que nos pertence para o ajuste de contas com a eternidade, onde será dado “a cada um segundo as suas obras”.

            A mocidade, desorientada pelas religiões que pregam o que não praticam, toma rumos diferentes daqueles traçados pelo Divino Mestre, em louca corrida atrás da satisfação dos sentidos.

            E a indústria cinematográfica, a rádio, a televisão e a imprensa venais, primando pela imoralidade, exploram e animam, sem o menor escrúpulo, esses sentimentos aloucados.

*

            Se alongarmos nossas vistas sobre a imensa mole humana e perscrutarmos seu íntimo, veremos que grande parte, sob a aparência de mal disfarçada felicidade, vive dramas intensos e pungentes. Notadamente a mocidade que, ludibriada que foi pelos sátrapas das religiões, que não “fazem” o que ensinam, com quase dois milênios de apogeu, descrente envereda por caminhos tortuosos até ser tragada, inevitavelmente, no abismo dos sofrimentos.

            Diante dessa derrocada moral, em que as religiões claudicam e os costumes se vão abastardando, cabe aos espíritas estender bem alto o lábaro do Espiritismo através da palavra e do exemplo, para que os bons se fortifiquem em suas virtudes, e os maus se regenerem.

Demetri Abrão Nami
Reformador (FEB) Outubro 1958


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