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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

43. 'Revelação dos Papas' - Tereza D' Ávila




43
‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)

- Comunicações d’Além Túmulo –


                              Publicada sob os auspícios da
União Espírita Suburbana
Rua Dias da Cruz 177, Méier

Officinas Graphicas d’A Noite
Rua do Carmo, 29
1918

Teresa de Jesus (Sta.)
O espírito, que aparece entre luzes verde e prateada, trás hábito de monja.
 O rosto é fino e belo. A irradiação luminosa, que é extraordinária, impossibilita a vidente
 de fazer a descrição dos traços fisionômicos e de outros detalhes da aparição.
________________

            Queridos irmãos meus, aqui estou, pequenina e fraca, sem outra coisa para vos dar a não ser o que Jesus me deu - o seu amor e a luz dos seus ensinamentos.

            Quando vos dirigistes a mim, dissestes que muito vos tenho dado e muito vos tenho socorrido nas vossas aflições. Como é grande a vossa ilusão e falsa a vossa convicção nesse sentido. Teresa nada é, meus amigos; esta humilde serva não está na altura em que a vossa bondade a quer colocar. Esta que aqui está nada pode fazer por vós outros, porque, de todos os espíritos que vivem nas regiões onde ela habita é o mais insignificante, o que menos prestígio tem perante Deus e Jesus.

            Tudo quanto tendes recebido vos tem sido dado pelo Pai de caridade e amor e por aquele que é o Seu filho dileto - Nosso Senhor Jesus Cristo - Eu apenas peço, suplico, imploro, mas sempre receosa de alcançar um insucesso, pois não me acho ainda em condições de ser mediadora dos homens junto a Jesus. Se algumas vezes, ao apelar para mim, tendes recebido graças, isto tem sido, unicamente devido ao vosso próprio mérito e não ao prestígio e valor da que escolhestes para ser a vossa intermediaria.

            Quisera eu ter poder e merecimento perante a Infinita Sabedoria e o bondoso coração de Jesus, para, assim, envidar esforços no sentido de obter para cada um de vós energia e força, a fim de poderdes lutar contra o mal que constantemente vos assalta no caminho da vida!  Tivesse eu mérito ante a Infinita Misericórdia para, desse modo, fazer o possível, por alcançar a luz de que carecem as vossas consciências, o conforto de que necessitas para suportar as vossas provações!

            Se assim fosse, isto é, se Teresa tivesse poder, derramaria no momento em que vos fala, infinitas doçuras nos vossos corações, deixaria cair nas vossas almas os delicados aromas da pureza espiritual! Se eu tivesse poder, todos vós, que buscais abrigo sob as dobras da minha túnica, estaríeis já muito adiantados no caminho da perfeição!

            Que posso fazer, entretanto? Que tenho, para dar a vós outros, que aqui viestes desejosos de receber de mim alguma coisa que sirva para uso dos vossos espíritos? Nada, meus amigos, nada vos pode ofertar Teresa, a ser grande a sua pobreza; mas para não perderdes o vosso tempo vindo ao meu encontro, vos darei o que Jesus me deu - a luz dos seus ensinamentos: - segui todos vós o caminho luminoso do Espiritismo Cristão; perseverai nos atos de piedade que costumais praticar aqui, orando pelos que sofrem; prossegui, repartindo o vosso pão com os infelizes, dando abrigo, sob o vosso teto, aos deserdados da sorte.

            A vós, que sois mulheres, dirijo, de preferência, este apelo: - abri os vossos corações e expulsai os maus sentimentos que, tantas vezes, por fraqueza, abrigais ai; tende sempre piedade das mulheres, como vós outras e jamais deixeis de amparar as que não, tem abrigo; reparti com elas o que vos sobra; dai-lhes do vosso pão fazendo-as coparticipantes da vossa felicidade. Vós, mulheres, como eu o fui, tendes uma grande missão a cumprir na Terra, - velar pela sorte dos infortunados, sendo mediadoras entre o rigor dos homens e os sofrimentos dos pobrezinhas. Vós, mulheres, mais do que os vossos irmãos do outro sexo, tendes o dever de ser espíritas porque espírita quer dizer - viver para amar, e a mulher tem no mundo a nobre e santa missão de amar e perdoar.

            Sede espíritas, mulheres, sede caridosas, minhas irmãs, porque a mulher espírita que cumpre a sua missão de caridade e de amor, pode dizer, com satisfação – sou filha de Deus e irmã de Jesus.  

            Não vos descuideis do espírito, Que não deveis sacrificar ao corpo e às vaidades humanas, pois todas as coisas que tanto vos seduzem na vida material nada valem, nada representam, comparadas ao que se desfruta no mundo dos espíritos, quando nos retiramos da Terra, depois de haver bem cumprido o nosso dever de filha, esposa e mãe.

            Ai tendes o que Teresa pode ofertar a todos vós que viestes ávidos de receber alguma coisa.

            Deixo-vos a luz dos ensinamentos de Jesus; ele vos conduzirá à felicidade e ao paraíso.

            Adeus! Aceitem todos um abraço da irmãzinha que, na Terra, se chamou

Teresa D’Avila
-Outubro de 1918-

Informações Complementares

            Nascida em Espanha em 28 de Março de 1515 e falecida em 4 de Outubro de 1582.


            É dela a seguinte frase: “...Não, minhas irmãs, não. O Senhor quer obras. Quer, por exemplo, que se virdes uma doente a quem podeis aliviar, deixeis de lado as vossas devoções para lhe dar assistência, e que lhe testemunheis compaixão, que o seu sofrimento seja o vosso, e que, se necessário, jejueis para que ela tenha o alimento necessário...” Fonte: Wikipedia

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