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quinta-feira, 25 de abril de 2013

02. 'O Espírito Consolador' (extratos)



02  (págs. 115-116)    Extratos de
 ‘O Espírito Consolador’
ou ‘Os Nossos Destinos’
por  P. V. Marchal
in ‘O Espírito Consolador’- 1914
versão da 2ª edição francesa
 da Typographia da Emprêsa Litteraria e Typographica
Porto, Portugal


            “...Se somente a nossa existência atual há de decidir da nossa sorte futura, se por única perspectiva temos, ou, o inferno eterno, ou o paraíso eterno, que será das tribos selvagens?

            Poder-se-á supor que um feroz canibal, apenas porque receba na fronte algumas gotas d'água, depois de ter vivido de carne humana, alcançará de um salto a bem aventurança de que naturalmente gozam um Fenelon ou um São Vicente de Paula? Qual será a sorte dos milhares de infiéis que viveram e morreram sem conhecer o Deus verdadeiro, sem ter ouvido falar do seu Vigário infalível? 

           Respondem-nos que serão condenados e que não nos cabe sondar os desígnios de Deus. Mas foi Deus quem nos outorgou a razão e esta razão nos clama que Deus não pode ser injusto, Aí está porque repudiamos a teologia cruel da Idade Média, para escutar o Espirito Consolador que nos diz: “A cada um segundo suas obras.”. Aquelas tribos selvagens ascenderão um dia ao nível dos povos civilizados; aquelas nações pagãs ou bárbaras se tornarão cristãs em existência posterior; todos, enfim, chegaremos, cedo ou tarde, à beatitude, de acordo com a generosidade dos nossos esforços e o ardor da nossa boa vontade.”



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