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domingo, 2 de dezembro de 2012

Natureza Fluídica do Corpo de Jesus





Natureza Fluídica
do corpo de Jesus
Victor Hugo, no livro ‘Les Vérités Eternelles.’
Tradução de Antônio Lima
in Reformador (FEB) Abril 1947.


Supondes que Jesus, ao descer sobre a Terra,
Se envolvesse em matéria igual à em que se encerra
O vosso corpo? Não, isso é inadmissível,
Pois viver entre vós assim fora impossível.
Era sua matéria o fluido imponderável,
Do corpo a natureza era leve e mutável,
E para se tornar entre vós aparente,
Ele, que ocupa Além um lugar eminente,
Teve de lançar mão de meios inauditos
Cujo segredo está lá nos céus infinitos.

Não suponhais também que, por ser diferente
Do vosso o corpo seu, a agonia pungente
Não lhe fosse cruel nem a morte. A amargura
Tanto a alma fere mais quanto mais ela é pura
E menos material, porque dos sofrimentos
O efeito é mais cruel, maiores os tormentos.
E eis porque Jesus de uma só vez sofria
Mais do que todos nós uma mesma agonia.
Seja Ele abençoado e Deus lhe dê a glória!
Nunca seja seu nome esquecido na História!
Para tanto sofrer era mister no mundo
Que n'Ele fosse o amor eternal e profundo!

Bendito amigo que és de toda a Humanidade,
Ó Cristo amado, em quem o farol da verdade
Resplende em toda a parte apontando as estradas
Por onde hão de passar as almas adiantadas
Para alcançar do Pai o poder e o direito
À gratidão de todo o Universo perfeito!
Amados querubins, que no espaço ilimitado
Tendes sofrido assim quanto eis-nos estimado,
Que nunca vos cansais de guiar-nos generosos
E tão esforçadamente aos cimos gloriosos,
Que já haveis atingido, ó Espíritos nobres,
Recebei dos que são vossos irmãos mais pobres
A mais terna expressão, a mais santa e solene,
Da nossa gratidão, que é profunda e perene!


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