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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Os Preguiçosos



Os Preguiçosos
Abel Gomes
por F V Lorenz
Reformador (FEB) Outubro 1946

            Quem durante a vida sobre a Terra não amou as vibrações do trabalho, e só se ocupou de passatempos, diversões ou de vanglória, terá triste vida após a morte e sentir-se-á mui desgraçado; mesmo que tenha sido rico na Terra, passará falta das coisas mais necessárias. Porque, se quando viveu sobre a Terra, nada de útil fez para o futuro de sua alma, só preparou um deserto para si mesmo.

            Nada semeou para dar frutos; passou a vida em atos vãos; para a felicidade dos outros nada deixou ao morrer.

            Ao ver tais Espíritos, me condoí profundamente deles; mas não pude ajudá-los; porque, pela lei divina, cada um tem de encontrar aqui o que preparou.        

            Um deles foi sapateiro na Terra, mas preferia jogar cartas, beber aguardente, trapacear e aprender coisas desonestas.

            Numa rixa, um companheiro o matou. Agora ele, está irado, quer vingar-se e a todos ameaça. É quase cego e sofre muito. Entra nas tavernas e quer beber, mas sente apenas o vapor da aguardente que não lhe satisfaz e causa-lhe amarga cefalalgia.

            Muitas vezes sente também fome; não raro joga com outros, mas quase sempre o jogo termina em feias brigas.

            Já vi também Espíritos que moravam, seminus, em buracos na terra; não tinham campo nem jardim, viviam sem trabalho e sem ensino.

            Meu instrutor explicou-me que só quando o sofredor se arrepende e reconhece suas culpas, mão compassiva vem dar-lhe auxílio; porque de muitas associações de Espíritos vêm seres compassivos que de bom grado ajudam às almas que vivem nas trevas.

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