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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

25c. 'Amor à Verdade'

25c
“Amor à Verdade”
por Alpheu Gomes O. Campos
Marques Araújo & C. – R. S. Pedro, 216
1927


            Pondo a mira em executar nossos deveres, caminhando e expiando os delitos de passadas encarnações, um dia, pela escrita, recebemos a um dos nossos Educadores, que nos disse correrem satisfatoriamente os trabalhos. Entre carinhosos conselhos, deu-nos a ver a obrigação de propagarmos tudo aquilo que obtínhamos. “Guardá-lo tanto montava como colocar a luz em baixo do alqueire. A atmosfera, ao receber os raios solares, difunde-os, levando a claridade a pontos mui distantes. Assim a verdade vem por um, mas é para todos. Ninguém vive só por si e para si. A todo o que se interessa realmente pela avançada geral, incumbe espargir a ciência adquirida. A infelicidade dos homens é consectário (consequência) do egoísmo e desmarcada ambição dos mais ilustrados. Falar, pois, de tais serviços aos amigos e confrades; demonstrar-lhes como se aproveita para o referido objetivo a força fluídica dos médiuns de efeitos físicos; conversar amplamente sobre doutrina assim consoladora que propulsora do progresso. Muitos dentre os homens trazem os seus
princípios, abafados, é exato, pela multidão de Infelizes; porém, ao serem chamados, receberão inspirações para atenderem. Com eles a pouco e pouco formar-se-á um núcleo capaz de acarrear muita prosperidade ao povo”.

            Colineando (alinhando)  esses conselhos, sempre que se apresentava oportunidade, versávamos com uns generalidades da doutrina, e com outros, já seu tanto enfronhados nela, a particularidade dos trabalhos.

            Ao toque de reunir acudiu primeiro o professor Aldo Muylaert. Ao cabo de quase um ano, acompanhava-nos Seraphim de Almeida, presidente do Grupo Espirita S. João Baptista.

            Orando constantemente pelo médium que desgarrara, conseguimos, com esforço não pequeno, libertá-lo da falange que o dominava. Readmitido aos trabalhos, segundo instruções dos Guias, veio de novo a cair, ao fim de alguns meses, por não aguentar a prova a que a Suprema Sabedoria houve por bem submetê-lo.

            Nunca tiveram nossas sessões assistência superior a dez pessoas, cláusula imprescindível para boa concentração e melhores resultados.

            Ademais doutros, menos assíduos, presentemente são nossos companheiros: Aldo Muylaert, catedrático do Lyceu e Escola Normal de Campos ; Dr. Renato Machado, médico; Seraphim de Almeida, industrial; Dr. Obertal Chaves, promotor público da comarca; José Martins Manhães, farmacêutico; Waldebrando Rossi, artista; Leovigildo Leal, guarda-lívros; Antonio Rangel de Souza, poeta.




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