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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Um Suicida


Um Suicida
Abel Gomes
Reformador (FEB) Novembro 1946


            Criança ainda na Terra e a sorte logo o pôs órfão; a estranhos teve que servir em troca da roupa e uma côdea de pão.

            Cresceu o corpo, ficou robusto; mas da alma ninguém lhe cuidou. Quando adulto, sentiu amor, mas o mundo o repelia. A jovem que ele amava, não o quis; preferiu um velho rico. O mancebo vivia triste, maldizendo da sorte ingrata.

            Sem crença na sobrevivência, com um tiro suicidou-se. Só muito tarde reconheceu que mais se agravou sua desdita.

            Dia e noite, em trevas, sentia a presença de seu cadáver em putrefação, roído pelos vermes, e o tempo passava sem socorro nem alívio.

            Não via os bons Espíritos que atentamente cuidavam dele e esperavam que em sua mente nascesse a luz do arrependimento redentor.

            Um dia sua consciência despertou, ele pediu perdão a Deus, e sua mãe veio, ao seu encontro em missão salvadora.

            Mais tarde voltará ele à Terra, onde as dores o visitarão, mas as reminiscências pela voz da consciência hão de ajuda-lo a suporta-las.




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