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sábado, 21 de julho de 2012

1. A religião de nossos pais e a dos nossos filhos



I

A religião de nossos pais;
A religião de nossos filhos.


                    
            Escrevi e leio estas linhas, sem preconceitos, sem maldade, sem interesse, eu vo-lo confesso; mas com coragem, com convicção, com amor e por amor.

            Falar de religiões modernas é desde logo personificar Jesus.

            Jesus foi o paradigma da perfeição humana.

            A expressão direta de sua mentalidade à geração contemporânea contém a essência de sua ideologia religiosa.

            A Ciência e a Religião são manifestações da Verdade absoluta, logo de Deus, isto é, do Grande Arquiteto do Universo, do Grande Foco Gerador dos Mundos.

            “O mal do nosso tempo, diz Eduardo Schuré, está em parecerem como irredutíveis as duas forças – Ciência e Religião”. A Ciência que abate barreiras do convencionalismo e da ignorância e alarga a esfera de ação humana, perscruta os arcanos do Universo, perquirindo as leis que o regem – é o grande agente propulsor da felicidade individual e o motor do progresso das nações. Já alguém o disse e com propriedade – A CIÊNCIA É A SABEDORIA DE DEUS.” 

            A Verdade que, com afã, tanto se tem procurado, mas que a sua revelação depende da maior intuição de apreendê-la, busca a Ciência e a Religião para seus auxiliares. Elas se completam e podiam já ter as mãos enlaçadas em proveito do Homem e, portanto, da Humanidade, se o orgulho de uma e a infalibilidade de outra não tivesse vindo estabelecer absurdos.

            Ora, a fé, de que tanto alarde fazem as religiões intransigentes, não é e nem pode ser uma inimiga da Razão, como o quer a ortodoxia implacável, mas sim a luz imutável que serviu de fanal aos Colombos, aos Galileus, aos Keplers, a todos os mártires e a todos os heróis. Em tal caminho, a fé e a Ciência se encontram. Quando aquela chegar a Deus (Grande Foco, dizemos nós), pelas leis naturais e esta tiver estiolado o preconceito, teremos chegado a uma ordem de coisas bem diferente da ordem atual. “Quando se lança um golpe de vista sobre o passado, quando se cerca a recordação das religiões desaparecidas, das crenças extintas”, diz Léon Dénis, “apodera-se de nós uma espécie de vertigem ao aspecto das sinuosidades percorridas pelo pensamento humano.”

            No desdobrar desse movimento religioso, meus amigos, Jesus ressuscita de novo.

            Até o túmulo seguiu a religião antiga e aí o deixou na Redenção; sigamos nós outros na sua marcha desde o túmulo até à apoteose final da Beleza, da Verdade, da Bondade e da Justiça!

            Eterna é a Luz, infinita a sua projeção...


Arthur Thompson
in “A Verdade sobre Jesus”
C. E. Redemptor Editores, RJ – 1936  


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