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quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Culto Cristão (no lar)



O Culto Cristão no Lar

             Escolha um determinado dia na semana e, sempre à mesma hora, só ou na companhia de pessoas de casa que o queiram acompanhar de boa vontade, faça uma prece. Prece simples, humilde, sincera, não apenas pedindo graças mas, principalmente, luzes e forças, a fim de bem entender e cumprir a vontade do Senhor. Depois da prece, leia ou peça a alguém que leia um pequeno trecho do Evangelho esclarecido à luz do Espiritismo (“O  Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, ou “Elucidações Evangélicas", de Antônio Luiz Sayão). Medite bem sobre o que for lido e procure seguir aqueles ensinos, que são os ensinos de Jesus. Procure afeiçoar seu coração ao Evangelho, buscando exercitar-se na prática das virtudes exemplificadas pelo Cristo. Procure fazer de seu lar um lar cristão, no qual se pratique e do qual seja irradiado o amor a Deus e ao próximo, tal como nos ensinou Jesus. Procure ser útil, procure ter a alegria de servir.

            Faça tudo para manter em seu coração e em torno de si um ambiente de paz, de harmonia, de boa vontade, de paciência, de compreensão dos problemas e das necessidades alheias, de fraternidade, de caridade, de resignação, de humildade sadia e digna e de fé esclarecida:

            O culto cristão no lar é, pois, a própria presença de Jesus. Acenda a luz da verdade eterna para que ela ilumine não apenas os entes que você ama, mas também aqueles irmãos já despidos das vestes físicas, que muitas vezes, em nosso lar, provocam, por ignorância, o desassossego e a discórdia. Com a prece e o estudo, eles são levados pelos Mensageiros do Senhor para um pouso de paz, higienizando, assim, o ambiente espiritual em que vivemos.

            Essa reunião íntima, à volta da mesa, facilita a aproximação do guia espiritual de cada um de nós, daqueles que, na verdade, nos podem ajudar em nome de Deus.

            Se você quiser, poderá colocar sobre a mesa um jarro com água para ser fluidificada. Reparta-a entre todos, ao final da reunião, para que seu poder vivificante refaça as energias gastas.

            As crianças e os jovens também podem e devem participar, a fim de que formem seu caráter em bases sólidas, de maneira a que possam encontrar em si mesmos, como homens, a força e a coragem para os duros embates da vida.

            Não se permitem, entretanto, manifestações de Espíritos e, terminados os estudos, encerre a reunião com uma prece. E assim, no esforço do bem, trabalhando, orando e vigiando nossos próprios pensamentos, sentimentos, palavras e ações, para que estejam, tanto quanto possível, de acordo com os ensinamentos e exemplos de Jesus - único Mestre - esperemos, confiantes, a manifestação da misericórdia do Pai, sempre amorosa e benéfica. Mas, tenhamos sempre presente que ser espírita é ser cristão, é procurar seguir o Cristo, que não fugiu ao sacrifício da cruz para nos exemplificar a submissão incondicional aos desígnios de Deus e não o afastamento de toda e qualquer dificuldade que se nos anteponha, por indispensável ao nosso aperfeiçoamento. 

             

inReformador’ (FEB)  em Março 1974


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