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sexta-feira, 20 de abril de 2012

A mão atrofiada



A Mão Atrofiada

12,9   Partindo dali, Jesus entrou na sinagoga.
12,10 Encontrava-se lá um homem que tinha a mão seca. Alguém perguntou a Jesus: - É permitido curar no dia de sábado ? Isto, para poder acusá-lo.
12,11 Jesus respondeu-lhe: “ Há alguém entre vós que, tendo uma única ovelha e se esta cair num poço no dia de sábado, não irá procurar e retirar?  
12,12 Não vale o homem muito mais que uma ovelha? É permitido, pois, fazer o bem no dia de sábado!”   
12,13 Disse então àquele homem: “Estende a  tua mão!” E ele a estendeu e foi-lhe restituída a mão que tornou-se sã como a outra.    
12,14 Os fariseus saíram dali  e deliberaram sobre os meios de o matar.
12,15 Jesus o soube, e afastou-se daquele lugar. Uma grande multidão o seguiu e Ele curou a todos os seus doentes.            
12,16 Proibia-lhes, formalmente, falar nisso 
12,17 para que se cumprisse o anunciado  pelo  profeta  Isaías:
12,18 “Eis o meu servo a quem escolhi. Meu bem amado em quem a minha alma pôs toda sua afeição. Farei repousar sobre Ele o Meu Espírito  e Ele anunciará a justiça aos pagãos.
12,19 Ele não disputará. Não elevará a sua voz. Ninguém ouvirá sua voz nas praças públicas.
12,20  Não esmagará a cana quebrada e não apagará o morrão que fumega, até que faça triunfar o juízo.
12,21 Em seu nome as nações pagãs porão sua esperança.” (Is.42,1-4)
        
            Para Mt(12,13) - Mãos Estendidas..., lemos, em “Fonte Viva”, de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Em todas as casas de fé religiosa, há crentes de mãos estendidas, suplicando socorro...

            Almas aflitas revelam ansiedade, fraqueza, desesperança e enfermidades do coração.

            Não seremos todos nós, encarnados e desencarnados, que algo rogamos à Providência Divina, semelhantes ao homem que trazia a mão seca?

            Presos ao labirinto criado por nós mesmos, eis-nos a reclamar o auxílio do Divino Mestre...

            Entretanto, convém ponderar a nossa atitude.

            É justo pedir e ninguém poderá cercear quaisquer manifestações da humildade, do arrependimento, da intercessão.

            Mas é indispensável examinar o modo de receber.

            Muita gente aguarda a resposta materializada de Jesus.

            Esse espera o dinheiro, aquele conta com a evidência social de improviso, aquele outro exige a imediata transformação das circunstâncias no caminho terrestre...

            Observemos, todavia, o socorro do Mestre ao paralítico.

            Jesus determina que ele estenda a mão mirrada e, estendida esta, não lhe confere bolsas de ouro nem fichas de privilégio. Cura-a. Devolve-lhe a oportunidade de serviço.

            A mão recuperada naquele instante permanece tão vazia quanto antes. É que o Cristo restituía-lhe o ensejo bendito de trabalhar. conquistando sagradas realizações por si mesmo; recambiava-o às lides redentoras do bem, nas quais lhe cabia edificar-se e engrandecer-se.

            A lição é expressiva para todos os templos da comunidade cristã.

            Quando estenderes tuas mãos ao Senhor, não esperes facilidades, ouro, prerrogativas...

            Aprende a receber-lhe a assistência, porque o Divino Amor te restaurará as energias, mas não te proporcionará qualquer fuga às realizações do teu próprio esforço.”



                Para Mt (12,20), -Esperemos.encontramos a palavra de Emmanuel por Chico Xavier, em “Caminho, Verdade e Vida”:

            “Evita as sentenças definitivas, em face dos quadros formados pelo mal.

            Da lama do pântano, o Supremo Senhor aproveita a fertilidade. Da pedra áspera, vale-se da solidez. Da areia seca, retira utilidades valiosas. Da substância amarga, extrai remédio salutar.   

            O Criminoso de hoje pode ser prestimoso companheiro amanhã. O malfeitor, em certas circunstâncias, apresenta qualidades nobres, até então ignoradas, de que a vida se aproveita para gravar poemas de amor e luz.

            Deus não é autor de esmagamento.

            É Pai de misericórdia.

            Não destrói a cana quebrada, nem apaga o morrão que fumega.

            Suas mãos reparam estragos, seu hálito divino recompõe e renova sempre.

            Não desprezes, pois, as luzes vacilantes e as virtudes imprecisas. Não abandones a terra pantanosa, nem desampares o arvoredo sufocado pela erva daninha.

           Trabalha pelo bem e ajuda incessantemente.

            Se Deus, Senhor Absoluto da Eternidade, espera  com  paciência,   por  que  motivo,  nós outros, servos imperfeitos do trabalho relativo, não poderemos esperar?”         



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