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quinta-feira, 1 de março de 2012

No Exercício da Palavra



No exercício da palavra

Tu, porém, prega o que esteja em harmonia com a sã doutrina. 
– Paulo (Tito – 2:1)

          Dizem os sábios da Antiguidade: És senhor da palavra que não disseste e escrevo da que proferiste.

          Sendo assim, cuida bem de teus discursos.

          Há palavras que, embora nascidas de bons intentos, surgem revestidas com o fel do azedume, criando em quem as ouve a sensação de angústia.

          Outras há que expressam a justiça, mas surgem revestidas com o fel do azedume, criando em quem as ouve a sensação de angústia...

          Outras há que expressam a justiça, mas surgem envolvidas no véu escuro das cobranças, criando em quem as registra, o sentimento de culpa...

          Outras, ainda, aparentam concordância, mas chegam recheadas de dúvidas, dando origem à desconfianças.

          Alerta, igualmente, para a tua voz, a fim de que ela não se apresente como um ingrediente avinagrado, descaracterizando a tua mensagem de estímulo ou de concórdia.

          Observa o momento em que falas, para que não se torne em fator de repulsão, porquanto para tudo há um momento certo.

          Toma, por princípio, a vigilância, procurando analisar como te sentirias interiormente, se fossem os teus ouvidos que assinalassem o que teus lábios lançam nos ouvidos alheios.

          Mede as conseqüências do que pretendes dizer,  para que o arrependimento não te surpreenda mais adiante, arrancando-te lágrimas de compunção.

          Domina o teu primeiro impulso, evitando que, pela precipitação, não venhas a destruir o valor do que tens a dizer.

          Reflete antes, fala depois.

          Calar é sempre melhor, quando não conseguires conter teu pensamento nem clarificar teu sentimento.

          Falar, sim, mas apenas como recomenda a sã doutrina, isto é, só falar quando seja o Amor que nos inspire, levando quem nos ouve aos caminhos da Paz.
         
                                                                                        Icléia (Espírito) (1996)
                                                                 in “Evangelho e Vida” – Diversos Espíritos –
(Ed. Lar de Tereza RJ RJ)






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