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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Filha de Jairo ( em Mateus)



A Filha de Jairo

9,18   Falava ele ainda, quando  apresentou-se alguém da sinagoga .Prostrou -se diante Dele e Lhe disse: -Senhor, minha filha acaba de morrer, mas, vem, impõe-lhe as mãos e ela viverá.
9,19 Jesus levantou-se e o foi seguindo com seus discípulos.
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9,23   Chegando à casa, viu Jesus os tocadores de flauta e uma multidão alvoroçada. Disse-lhes:
9,24 “ -Retirai-vos, porque a menina não está morta: Ela dorme.”  Eles,  porém,  zombavam  dele.
9,25 Tendo saído a multidão, Ele entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. 9,26 Esta notícia espalhou-se por toda a região.




         Para Mt (9,18-19 et 9,23-26) -A Filha de Jairo - , tomemos o  Cap. XV de  “A Gênese”, de Alan Kardec:

            “Contrário seria às leis da Natureza e, portanto, milagroso, o fato de voltar à vida corpórea um indivíduo que se achasse realmente morto. Ora, não há mister se recorra a essa ordem de fatos, para ter-se a explicação das ressurreições que Jesus operou.

            Se, mesmo na atualidade, as aparências enganam por vezes os profissionais, quão mais frequentes não haviam de ser os acidentes daquela natureza, num país onde nenhuma precaução se tomava contra eles e onde o sepultamento era imediato (Vide transcrição de Nota de Rodapé!). É, pois, de todo provável a que, no caso acima, apenas síncope ou letargia houvesse. O próprio Jesus declara positivamente, com relação à filha de Jairo: Esta menina , disse ele, não está morta, está apenas adormecida.

            Dado o poder fluídico que ele possuía, nada de espantoso há em que esse fluido vivificante, acionado por uma vontade forte, haja reanimado os sentidos em torpor; que haja mesmo feito voltar ao corpo o Espírito, prestes a abandoná-lo, uma vez que o laço perispirítico ainda se não rompera definitivamente. Para os homens daquela época, que consideravam morto o indivíduo desde que deixara de respirar, havia ressurreição em casos tais; mas o que na realidade havia era cura e não ressurreição, na acepção legítima do termo.

Nota de Rodapé - Os judeus não tinham o costume de velar seus mortos!

            Uma prova desse costume se nos depara nos Atos dos Apóstolos. cap. V, vv. 5 e seguintes:

            “Ananias, tendo ouvido aquelas palavras, caiu e rendeu o Espírito e todos os que ouviram falar disso foram presas de grande temor. - Logo, alguns rapazes lhe vieram buscar o corpo, tendo-o levado, o enterraram. - Passadas umas três horas, sua mulher (Safira) que nada sabia do que se dera, entrou - E Pedro lhe disse...etc.- No mesmo instante, ela lhe caiu aos pés e rendeu o Espírito. Aqueles rapazes, voltando, a encontraram morta e, levando-a, enterraram-na junto do marido.” 


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