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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Carência de Assunto



Carência de Assunto

            Há quem destile em sutis venenos a palavra oculta, portadora de mensagens destruidoras da vitalidade, carreando doenças e infelicidades.

            Há quem se delicie em tormentos eloquentes, conduzindo para a maledicência, e com atroz sabedoria, o assunto em pauta, visando a deformação dos fatos, sorrindo à socapa  dos efeitos dos venenos empregados.

            Para quantos se dedicam a essa espécie de divertimento, não temos outra sugestão, senão uma prece ao Poderoso Doador da Palavra, para que se compadeça do infeliz.

            O coração nobre desvela-se por sintonizar-se com a palavra sábia, entregando-se, em horas oportunas, ao grande mister de elevar o padrão vibratório das conversações.

            Para o espírita, a palavra,  fruto de seus pensamentos, deve ser utilizada com sabedoria, não em retóricas difíceis, mas, sim, delineando, como o Mestre, contos simples, tertúlias  elevadas, construindo com o verbo o mundo vibrátil do amor.

            Ergue-se a catedral do infinito, sob a palavra divina do “Faça-se a luz”; levanta-se o homem para a Terra através da frase singela – “Veio à luz”, e, embora a luz envolva o mundo com tamanha grandiosidade, cumpre-nos irradiá-la através dos nossos sentimentos apurados, de nossos pensamentos saturados de amor, e empregá-la na difusão do bem, porquanto discípulos somos do Mestre da Luz, responsáveis por uma Doutrina que será o altar do mundo, o sangue renovador das nações.

            Estendamo-nos com vigilância no emprego de verbo sagrado em nossas conversações.

            Falta de assunto leva a mente enfermiça ao torneio da maledicência.

            Alma erguida ao lampadário do infinito é sempre devotada ao dever santo da disseminação da Boa Nova.

            Cumpre, pois, nos detenhamos na meditação dos assuntos que serão levados à pauta das conversações diárias.

            Evitemos, como perigoso veneno, a palestra doentia; empreguemo-nos no bem e sirvamos com a palavra o Divino Seareiro, cônscios de nossa imensa responsabilidade diante de nossa própria consciência.

            Caminhemos para a luz, meditemos sobre o Mestre, o Verbo que veio ao mundo para purificá-lo com sua palavra Divina, e sigamos para nosso destino glorioso.

            Que o Senhor nos abençoe.

Bezerra de Menezes
por Maria Cecília Paiva

inGarimpeiros do Além’
( 2ª Ed 1991 – Inst. Maria - J. Fora (MG)


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