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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Destruição


Destruição
       Amigos:
            À medida que o milênio caminha para o seu fim e a violência cresce e avassala o mundo, torna-se cada vez mais necessário que os estudiosos do Espiritismo renovem, no trato íntimo com as lições da Codificação da Doutrina, a sua fé, repassada de esperanças.
            As considerações de “O Livro dos Espíritos” sobre a “Lei de Destruição” merecem especial destaque nesta hora em que se intensificam e se espraiam as ameaças de guerra, porque é forçoso reconhecermos que os pilares de egoísmo e de ambição em que se assenta a nossa hodierna civilização estão apodrecendo em seus próprios fundamentos e não conseguirão manter-se por mais tempo.
            O arcabouço de mentiras e cupidez que os homens erigiram, na ilusão de vantagens e desfrutes, ao preço de agressões e maldades, não poderá continuar indefinidamente a desestimular o florescimento da fraternidade e a crestar as manifestações do amor cristão.
            Esse colossal edifício de iniquidades se destruirá, tragado pelas próprias forças que sempre o sustentaram.
            É mister que seja assim, não para as funestas desgraças de um temido fim do mundo, mas para que se instale neste planeta o luminoso Reino de Deus.
            A Lei de Destruição não é senão o impositivo de transformação sublimadora, porque a morte é, na realidade, o processo renovador da vida.
            É claro que a perda de qualquer bem a que nos apegamos, por falso ou prejudicial que seja, perece-nos calamitosa, arrancando-nos costumeiramente suspiros de pesar e lágrimas doloridas.
             Quanto mais distanciados, os Espíritos, das noções da realidade maior, no plano dos conhecimentos espirituais superiores, tanto mais se agarram às expressões pesadas da materialidade e aos imediatismos egoístas, candidatando-se naturalmente ao desapego forçado das expressões interiores, pela força coercitiva da evolução.
             Incapazes de atender aos apelos amorosos de Jesus e às sugestões do seu Evangelho de Paz, terão os homens de aceitar o poder transformador das energias por eles mesmos concentradas, em terríveis, mas necessárias explosões libertadoras.
             Convém que os operários do Senhor se portem serena e construtivamente na seara, para os misteres da misericórdia e as operações do serviço.
             Tarefeiros das últimas horas, não são, os atuais companheiros de trabalho evangélico, os grandes construtores do porvir, mas são, por necessidade própria, os encarregados de arrotear a terra a ser semeada, na limpeza indispensável do chão do orbe, para que possa ele receber a plantação sublimal das sementes esplendorosas de Amor e da Verdade.
 Áureo

in “Amar e Servir”
por Hernani T. Sant’Anna   
( 2ª Ed  FEB – 1995)

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