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domingo, 25 de setembro de 2011

Um daqueles que você ama vai morrer...



‘Depois da Morte’
Da 'Introdução' de livro de mesmo nome de autoria de Léon Denis 


‘Um daqueles que você ama vai morrer.

Debruçado sobre ele, o coração apertado, você vê estender-se, lentamente, sobre seus braços, a sombra do além.

O fogo interior lança apenas pálidas e trêmulas luzes; e eis que se enfraquece ainda mais, depois se apaga.

E agora, tudo o que, nesse ser, atestava a vida, esse olho que brilhava, essa boca que emitia sons, esses membros que se agitavam, tudo está velado, silencioso, inerte.

Sobre esse leito fúnebre, há somente um cadáver!

Que homem não se perguntou sobre a explicação desse mistério e, durante o velório, nesse colóquio solene com a morte, pode não pensar no que o aguarda a si próprio?

Esse problema nos interessa a todos, pois todos nos submeteremos à lei.

Importa-nos saber se, a essa hora, tudo está terminado, se a morte é apenas um melancólico repouso no aniquilamento ou, ao contrário, a entrada numa outra esfera de sensações.’

Na sua correria, para onde vai, então, o homem?

Para o nada ou para uma luz desconhecida?

A Natureza sorridente, eterna, enquadra nos seus esplendores os tristes restos dos impérios.

Nela, tudo morre, senão para renascer.

Leis profundas, uma ordem imutável preside suas evoluções.

O homem, com suas obras, é o único destinado ao nada, ao esquecimento?’

‘Uma única ambição nos anima: gostaríamos de, quando nosso envoltório usado retornar à terra, que nosso espírito imortal possa dizer: “- Minha passagem neste mundo não terá sido estéril, se contribui para acalmar uma dor, esclarecer uma inteligência em busca do verdadeiro, reconfortar uma única alma vacilante e entristecida”.’

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