Pesquisar este blog

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A Divina Providência


A Divina Providência

 6,25  Portanto, eis que vos digo: Não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo; como vos vestireis. Não é a vida mais que o alimento e o corpo não é mais que as vestes?
6,26 Olhai as aves do céu: Não semeiam nem ceifam, nem acumulam nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas?
6,27 Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só minuto à duração de sua vida?        
6,28   E, por que vos inquieteis com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam.
6,29  Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão, em toda sua gloria não se vestiu como um deles.
6,30 Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será queimada, quanto mais a vós, homens de pouca fé!  6,31 Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos?  Com que nos  vestiremos?
6,32 São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso. 
6,33 Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. 
6,34  Não vos preocupeis pois com o dia de amanhã: O dia de amanhã terá as suas preocupações próprias.  A cada dia basta o seu mal.

            Para  Mt  (6,25) - Não é a vida mais que o alimento? - leiamos “Palavras de Vida Eterna”, de Emmanuel por Chico Xavier:

            Aconselha-te com a prudência para que teu passo não ceda à loucura.

         Há milhares de pessoas que efetuam a romagem carnal, amontoando posses exteriores, à gana de ilusória evidência. Senhoreiam terras que não cultivam. Acumulam ouro sem proveito. Guardam larga cópia de vestimenta sem qualquer utilidade. Retém grandes arcas de pão que os vermes devoram. Disputam remunerações e vantagens de que não necessitam.

         E, imobilizam-se no medo ou no tédio, no capricho maligno ou nas doenças imaginárias, até que  a morte lhes reclama a devolução do próprio corpo.

         Não olvides, assim, a tua condição de usufrutuário do mundo e aprende a conservar no próprio íntimo os valores da Grande Vida.

         Vale-te dos bens passageiros para estender o bem eterno. Aproveita os obstáculos para incorporar a riqueza da experiência. Não retenhas recursos externos de que não careças. Não desprezes lição alguma. Começa a luta de cada dia, com o deslumbramento de quem observa a beleza terrestre pela primeira vez e agradece a paz da noite como quem se despede do mundo para transferir-se de residência.

         Ama pela glória de amar.

         Serve sem prender-te.

         Lembra-te de que amanhã restituirás à vida o que a vida te emprestou, em nome de Deus, e que os tesouros de teu espírito serão apenas aqueles que houveres amealhado em ti próprio, no campo da educação e das boas obras.”
        

         Para Mt (6,25-34), - A Divina Providência - lemos em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Alan Kardec, o que se segue:

            “Essas palavras, tomadas ao pé da letra, seriam a negação de toda previdência, de todo trabalho e, por conseguinte, de todo o progresso. Com semelhante princípio, o homem se reduziria a uma passividade expectante; suas forças físicas e intelectuais estariam inativas; se tal tivesse sido sua condição moral na Terra, não teria jamais saído do estado primitivo, e se dela fizesse sua lei atual, não teria mais senão viver sem nada fazer. Tal não pode ter sido o pensamento de Jesus, porque estaria em contradição com o que disse em outro lugar, e mesmo com as leis da Natureza. Deus criou o homem sem roupa e sem abrigo, mas deu-lhe a inteligência para fabricá-los.

            Não se deve, pois, ver nessas palavras senão uma poética alegoria da Providência, que não abandona jamais aqueles que colocam nela sua confiança, mas quer que trabalhem de seu lado. Se ela não vem sempre em sua ajuda por um socorro material, inspira as ideias com as quais se acham os meios de se livrar da dificuldade.”    


Um comentário:

  1. O Texto acima trata da doença do século. A ansiedade!

    Estamos todos muitos ansiosos com o que comer, beber, vestir, onde morar, em que escola estudar, onde encontrar um trabalho digno e todas as necessidades do ser humano.

    Vejo com normalidade! o que verifico como anormal é quando deixamos de aproveitar a vida com aquilo que temos e ambicionamos coisas maiores e deixamos de vier o presente para ir em busca do futuro que não sabemos se existe.

    Chico Xavier dizia que tudo que as pessoas criam para si, que não tem necessidade, acaba se transformando em depressão e angústia.

    ResponderExcluir