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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Allan Kardec e o Grupo Ismael


A Comunicação do
Espírito de Allan Kardec
no Grupo Ismael
Data: 14 de Junho de 1979

in “Allan Kardec – Pesquisa Biobibliográfica
e Ensaios de Interpretação” Volume III
( Ed. FEB 1980)

           
            O livro “Allan Kardec”, no conjunto dos três volumes que o integram, ficou inteiramente concluído no dia 31 de maio de 1979, data em que Francisco Thiesen assinou a Introdução constante no volume II.

        Em 7 de junho de 1979, uma semana após, o Espírito de Allan Kardec esteve presente no Grupo Ismael, da Federação Espírita Brasileira, onde fora visto pelos médiuns Olímpio Giffoni e Hernani T. de Sant’Anna, tendo o primeiro deles confirmado não apenas a presença do Codificador no recinto dos trabalhos, como também transmitido uma comunicação de Romualdo, a respeito. Sete dias depois, aos 14 de junho de 1979, segundo medianeiro que o vira psicografou-lhe uma mensagem, cujo texto, na íntegra, já divulgado em “Reformador” de outubro de 1979 (p. 325), no corpo do artigo “Programa e Obra de Ismael”, de Alberto Nogueira da Gama, é o seguinte:

         “Meus nobres e respeitáveis amigos,

        Como discípulo fiel, mas tão precário quanto me impôs ser a condição humana, realizei o melhor que pude o trabalho que o Mestre me confiou. De regresso ao mundo espiritual, constatei que somente o essencial foi concluído.

        Antes, porém, que me pudesse abespinhar por isso, o Divino Amigo me fez sentir, na generosidade da sua sabedoria, que a semente lançada à terra era boa e daria os frutos desejados, no tempo certo e de acordo com o programa superior, traçado nas Alturas. Cabia-me aceitar que ao trabalhador basta o seu trabalho; compreender que o tempo deve exercer, em tudo, a sua quota de ação; perceber que era indispensável aguardar que se cumprissem, através das idades e dos acontecimentos, todos os itens previstos pela sapiente visão do Supremo Governador dos destinos de nosso planeta e de nossa Humanidade.

        Não precisei angustiar-me, portanto, com as ocorrências que fizeram a história dos primeiros tempos de nossa Doutrina, na face do orbe, pois acompanhei, na posição do operário sempre em serviço, o transplante da Árvore do Consolador para as plagas do Brasil e os esforços apostolares aqui desenvolvidos para assegurar-lhe a sobrevivência e o desenvolvimento.

        Chegado o tempo de mais efetiva disseminação da Mensagem Espírita no mundo, era necessário, porém, que tudo fosse revisto e consolidado; aplainadas, com todo o cuidado, arestas e asperezas; corrigidas algumas omissões; podado certos excessos de interveniência humana; esclarecidas determinadas dúvidas de interpretação.

        Fácil é de entender-se esse imperativo, desde que se tenha em vista que se trata agora de nova e verdadeira entrega do Paracleto a todos os povos da Terra.

        Dado que entendestes, com a vossa lucidez espiritual e o vosso devotamento, essa requisição do Cristo que nos dirige, devo agora agradecer o vosso empenho e o vosso devotamento, assegurando-vos que tudo está pronto para que o êxito coroe o desdobramento dos tentames que terão de ser empreendidos, para que a luz alcance e clareie todos os vales e todos os planaltos do orbe.

        O trabalho do Senhor a ninguém pertence, mas é de todos os que atendem ao seu chamado, para a cooperação humilde e desinteressada, sincera e eficaz.

        Nada, realmente, se constrói sem trabalho, sem solidariedade e sem tolerância; sem Deus, sem Cristo e sem Caridade.

        Que, pois, o Amor e o espírito de serviço sejam os vossos conselheiros permanentes em todas as situações, certos de que o Espiritismo é Jesus de volta, para consolo e redenção de todos os seres humanos.  
                                                     
Allan Kardec



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