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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

'Como Orar'



Como Orar
         6,5 Quando orardes, não façais como os hipócritas que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam sua recompensa. 6,6 Quando orardes, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que se passa em segredo, recompensar-te-á. 6,7 Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de muitas palavras. 6,8 Não os imiteis porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais.

                
                Para   Mt (6,5-8), -Como Orar - reproduzimos trecho de “O Evangelho...”, de A. Kardec, em seu Cap. XXVII:
           
            “A prece é uma invocação; por ela um ser se coloca em comunicação mental com outro ser ao qual se dirige. Ela pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. Pode-se orar por si mesmo ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução das suas vontades; aquelas que são dirigidas aos bons Espíritos são levadas a Deus. Quando se ora a outros seres, senão a Deus, é apenas na qualidade de intermediários, intercessores, porque nada se pode fazer sem a vontade de Deus.”

            “O poder da prece está no pensamento; ela não se prende nem às palavras, nem ao lugar, nem ao momento em que é feita. Pode-se, pois, orar em toda parte, a qualquer hora, sozinho ou em comum.”

            Para  Mt  (6,6) - Oração e cooperação - leiamos “Palavras de Vida Eterna” de Emmanuel por Chico Xavier:

            Se a resposta que esperamos à oração parece tardia, habitualmente nos destemperamos em amargura. Proclamamos haver hipotecado todas as forças de espírito à confiança na Providência Divina e gritamos, ao mesmo tempo, que as tribulações ficaram maiores.

            Dizemo-nos fiéis a Deus e afirmamo-nos esquecidos. Convém observar, porém, que a provação não nos alcança de maneira exclusiva. As nossas dificuldades são as dificuldades de nosso grupo. Familiares e companheiros sofrem conosco o impacto das ocorrências desagradáveis, tanto quanto a fricção do cotidiano pela sustentação da harmonia comum.

            Se para nós, que nos asseveramos alicerçados em conhecimento superior, as mortificações do caminho assumem a feição de suplícios lentos, que não serão elas para aqueles  nossos entes queridos, ainda inseguros da própria formação espiritual?

             Compreendemos que, se na extinção dos nossos problemas pequeninos, requisitamos a máximo de proteção ao Senhor, é natural que o Senhor nos peça o mínimo de concurso na supressão dos grandes infortúnios que abatem o próximo.

            Em quantos lances embaraçosos, somos, de fato, a pessoa indicada à paciência e à tolerância, ao entendimento e ao serviço? Com semelhante raciocínio, reconhecemos que a pior atitude, em qualquer adversidade, será sempre aquela da dúvida ou da inquietação que venhamos a demonstrar.

            Em supondo que a solução do Alto demora a caminho, depois de havermos rogado o favor da Infinita Bondade, recordemos que se a hora de crise é o tempo de luta, é também a ocasião para o amparo do Senhor, em nosso benefício, é perfeitamente justo que o Senhor nos solicite algum amparo, em favor dos que se afligem, junto de nós.”

            Para  Mt  (6,8) - O Pai sabe o que nos é necessário, antes mesmo de lho pedirmos - atentemos ao “Livro da Esperança”, de Emmanuel por Chico Xavier:

            Lembra-te dos mortos, auxiliando...

            Indiscutivelmente, todos eles agradecem a flor de saudade que lhes atiras, mas redivivos qual se encontram, se pudessem te rogariam diretamente mais decisiva cooperação, além do preito de superfície.

            Supõe-te no lugar deles, de quando em quando, notadamente daqueles que se ausentaram da Terra, carregando dívidas e aflições. Imagina-te largando a convivência dos filhos recém chegados do berço crivado de privações e pensa na gratidão que te faria beijar os próprios pés dos amigos que se dispusessem a socorrer-lhes o estômago torturado e a pele desprotegida. Prefigura-te na condição dos que se despediram de pais desvalidos e enfermos, por decreto de anapelável separação, e pondera a felicidade que te tangeria todas a s cordas do sentimento, diante dos irmãos que te substituíssem o carinho, ungindo-lhes a existência de esperança e consolo. Julga-te no agoniado conflito dos que partiram violentamente, sob mágoas ferozes, legando à família atiçados braseiros de aversão e reflete no alívio que te sossegaria a mente fatigada, perante os corações generosos que te ajudassem a perdoar e servir, apagando o fogo do sofrimento. Considera-te na posição dos que se afastaram à força, deixando ao lar aflitivos problemas e medita no agradecimento que sentirias ante os companheiros abnegados que lhe patrocinassem a solução.

            Presume-te no círculo obscuro dos que passaram na Terra, dementados por terríveis enganos, a suspirarem no Além por renovação e progresso, e mentaliza o teu débito de amor para com todos os irmãos que te desculpassem os erros, propiciando-te vida nova, em bases de esquecimento.

            Podes, sim, trabalhar em favor dos supostos extintos, lenindo-lhes o espírito com a frase benevolente e com o bálsamo da prece ou removendo as dificuldades e empeços que lhes marcam a retaguarda.

            Lembra-te dos mortos, auxiliando...

            Não apenas os vivos precisam de caridade, mas os mortos também.”



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