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domingo, 10 de julho de 2011

AD - 'Comunicações de Espíritos no Velho Testamento'



Comunicações
de Espíritos
em Livros Antigos

Lino Teles (Ismael Gomes Braga)
Reformador (FEB)  Junho 1963

            Em outros artiguetes temos apontado fenômenos espíritas que serviram de fundamento ao Judaísmo e ao Cristianismo.

        O Livro de Josué      
- é o das guerras de extermínio e crueldade, mas nele também aparecem mensagens dos Espíritos. São Espíritos violentos e impiedosos. Vamos passar ao livro seguinte.
Juízes  - O livro se inicia com uma consulta a Jeová e a devida resposta. Em 2:1 a 4, fala um anjo ao povo, repreendendo-o pelos seus pecados. Em 4:4 a 10, aparece a profetisa Débora que decidia os problemas do povo, que nela confiava cegamente. Um chefe guerreiro não tem coragem de partir para a campanha sem levá-la consigo para orientá-lo. Ela o acompanha, orientando a luta. Em 5:1 a 31, vem um canto de Débora que já não é a primeira poesia mediúnica que aparece na Bíblia, porque antes dela Moisés recebeu cantos, e nem a última, como veremos mais adiante.
            Muitos poemas mediúnicos aparecem em outros lugares e algumas vezes o médium é mulher. Lucas nos dá o texto de dois poemas mediúnicos, um de Maria e outro de Zacarias. Hoje, em ‘Parnaso do Além-Túmulo’, os poemas têm formas mais modernas. Mas voltemos a Juízes.
            Em 6:25 e 26, Jeová fala a Gedeão e continua muitas vezes lhe dando instruções militares.
            Em 13:2 1 7, um anjo aparece a uma mulher estéril e lhe anuncia que ela conceberá e terá um filho. O marido dela pede a Jeová que o mesmo anjo retorne e lhes dê novas instruções, e é atendido ( 13:8 a 19). Esse filho nasceu e foi o célebre Sansão, cuja força se tornou legendária.

            Passemos ao livro seguinte.

Primeiro Livro de Samuel     
 - O menino Samuel era médium e ainda muito pequeno recebeu a primeira mensagem (3;10 a 14). Sua mediunidade exerceu grande influência na vida política do povo, porque criou o primeiro reino e sagrou o primeiro e o segundo rei de Israel.
            A vida desse grande médium enche dois livros da Bíblia.
            No momento mais crítico da guerra contra os filisteus, que estavam vitoriosos sobre os israelitas, Samuel assume a liderança do povo e muda toda a situação.
            O jovem Saul, com um servo de seu pai, percorria as montanhas procurando umas jumentas que haviam desaparecido da fazenda. Tornando-se vãs as pesquisas, o servo lembra de pedirem o auxílio do famoso vidente Samuel, que talvez pudesse dar alguma orientação. Para lá se dirigiram.
            No relato desse episódio fica explicado que os profetas eram antigamente conhecidos pelo nome de ‘videntes’.
            Jeová já havia, um dia antes, avisado a Samuel da vinda de Saul e lhe dera instruções para ungi-lo príncipe do povo.
            Samuel recebe muito bem o jovem Saul, hospeda-o em sua casa, tranqüiliza-o sobre as jumentas, que nesse momento já haviam aparecido na fazenda, derrama-lhe óleo na cabeça e beija-o. Estava sagrado o príncipe de Israel. Este relato, com todos os pormenores, está registrado nos capítulos 9 e 10 de I Samuel, isto é, do Primeiro Livro de Samuel.
            Esse Saul cometeu erros graves em seu reinado e perdeu a graça de Deus e de Samuel, a quem ele recorria sempre em suas dificuldades, e recorreu até depois da morte de Samuel, por intermédio de uma médium da cidade de Éndor, como veremos mais adiante.
            Ainda em vida de Saul, por ordem de Jeová, Samuel unge a David (16:13).
            Saul era atormentado por um Espírito maligno (16:14 a 23), que só se afastava dele quando David tocava harpa.
            Depois da morte de Samuel, Saul sentiu-se perdido diante da invasão dos filisteus e procurou uma médium para consultar o Espírito de Samuel. Na cidade de Éndor havia uma, mas tinha horror de evocações, porque o próprio Saul havia exterminado os médiuns do país.
            Saul tomou dois homens e, disfarçados, foram consultá-la. Ela relutou em atender, mas por fim fez a evocação de Samuel. Este logo lhe revelou que o consulente era o próprio Saul, o exterminador dos médiuns. Ela deu um grito, assustada, mas, diante dos juramentos de Saul, de que nada de mal lhe aconteceria, ela serviu de medianeira entre o Espírito e Saul.
            Samuel repreende a Saul pelo haver evocado e prediz que, no dia seguinte, ele e seus filhos seriam mortos pelos filisteus, como de fato ocorreu. O relato minucioso dessa sessão espírita acha-se em 28:3 a 19.
            Como era severamente proibido comunicar-se com os Espíritos dos mortos, os médiuns sempre diziam que recebiam suas mensagens de um deus ou de anjo; mas, nesse episódio, ficou bem claro que a mensagem era do Espírito de um homem que havia morrido. O relato dessa sessão espírita, traduzido para todas as línguas, corre mundo através dos séculos e milênios. Mas não é essa a mais bela sessão espírita  relatada na Bíblia, como veremos em tempo oportuno.
Segundo Livro de Samuel      
- Em 6:23 a 25, David consulta a Jeová sobre a atitude a tomar na luta contra os filisteus e põe em prática as instruções recebidas.
            Em 7:2 a 17, David consulta o profeta Natan sobre a construção de um templo e recebe resposta negativa: não será David quem construirá o templo, será seu sucessor. Foi de fato Salomão quem construiu o templo de Jerusalém.
            Em 12:1 a 15, Jeová, por intermédio do profeta Natan, repreende severamente o rei David pelo crime de haver-se apossado de Beth-Sheba, mulher de Urias, e feito morrer o marido. É castigado o casal adúltero pela morte do primeiro filho de Beth-Sheba. Depois, nasceu Salomão.
            Em próximo artiguete apontaremos os fatos mediúnicos de outros livros da Bíblia.
                        

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