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segunda-feira, 4 de julho de 2011

'Cegueira Humana'


Cegueira
Humana

por Casimiro Cunha
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Maio 1904

Numa cabana, sobre um leito, ao fundo
De uma alcova de rústica aparência,
Nasce um menino, e, alegre, ao céu fecundo
Volve os olhos à mãe com reverência.

Perto, do mesmo lar num quarto imundo,
Após cem longos anos de existência,
Um mendigo desprende-se do mundo
E de entre os outros filhos da indigência.

Junto ao recém-nascido, o riso enflora
Todos os lábios; junto ao pobre, invade
O pranto os olhos dos que o vêem agora.

Meu Deus! como ainda é cega a humanidade:
Ri quando um anjo se encarcera, e chora
Quando um pobre consegue a liberdade! 


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