Pesquisar este blog

segunda-feira, 16 de maio de 2011

02 'Revelação dos Papas'



Papado


            Apresentamos abaixo a listagem dos papas com psicografias em “A Revelação dos Papas” (2ª Ed. U.E.S. 1936).
            Como esperado, todos os papas citados no livro “Revelação dos Papas” foram localizados também na listagem dos papas da Encarta Enciclopedia. Esta listagem foi blogada hoje aqui.
            Finalmente, aclaramos que os papas que têm seu numeral em negrito e itálico foram citados também ao longo deste arquivo:

Adriano           3
Alexandre       1
Benedito          4  5  7  10
Bonifácio        3
Celestino         2
Clemente         5  10 14
Constantino     1
Eugênio           2
Felix                3
Gregório          2  4  6  7  8  10
Inocêncio        2  3  4
João                 3  5
Júlio                            1  2
Leão                1  3  5  6  7  8  9  10
Paulo               2  5
Pio                   2  9  10
Silvestre          1
Urbano                        1
Xisto               2  5

Papado (Enciclopédia Folha 1996)

            Cargo do papa (bispo de Roma), cujo nome deriva do grego pappas e do latim pappa, formas familiares para ‘pai’.
            Inicialmente, muitos bispos e mesmo padres eram chamados papas, mas, na igreja ocidental o nome passou gradualmente a ser usado como um título e restringiu-se ao bispo de Roma.
            O papa Gregório VII, em 1073, proibiu a utilização do termo a respeito de qualquer pessoa, exceto o bispo de Roma.
            A tradição lista 265 portadores deste título, excluindo os antipapas, a partir de Pedro até o atual, bento XVI.
           
            A base da autoridade papal deriva da posição dita pelos católicos como de liderança (!?) de Pedro perante os doze apóstolos, que lhe teria sido confiado por Jesus (de acordo com a antiga tradição ele teria ido para Roma e lá martirizado), e da crença na vontade de Cristo de que lá se estabelecessem os sucessores (!?) de Pedro na Igreja.
            O fortalecimento político do bispo de Roma foi motivo de rompimento de várias igrejas com Roma, principalmente a igreja ortodoxa, em 1054 e as protestantes, na época da Reforma, no século 16. 

Da eleição dos papas

            O papa é eleito por um colégio de cardeais após algumas semanas da morte de seu predecessor. Os cardeais são como que sequestrados para um conclave mantendo-se a votação em secreto. O sistema, muitas vezes modificado, tem sido usado desde o século 11, quando substituiu a outros sistemas que o precederam. Embora, em teoria, qualquer pessoa do sexo masculino possa ser eleito, os cardeais têm escolhido entre um deles desde o século 16. Anteriormente, não era incomum eleger-se um papa a indivíduos que não tivessem ainda sido ordenados padres.

A Primazia de Roma
           
               Fomos buscar os elementos justificativos da primazia de Roma sobre os demais centros religiosos e encontramos o que se segue: (Encarta  96 Enciclopedia):
                Clemente (Prima Clementis, c. 100), escreveu epístola dos Cristãos de Roma aos de Corinto. Seu conteúdo pode ser interpretado como da consciência romana quanto à sua responsabilidade pelas demais igrejas. Ao final do século II, sob o papa Vitor I (189-99) (S.), e mais especialmente ao meio do século seguinte, sob o papa Estevão I (254-57) (S.), os bispos de Roma assumiram que a tradição de sua igreja era de alguma forma normativa para as demais, bem distantes.        
            Durante o século 4 e início do século 5, as papas fizeram vários pedidos por autoridade especial e quase nunca foram desafiados, talvez devido as más condições de comunicação, ou ainda confundir indiferença com aquiescência. No reinado do papa Leão I, o grande (440-61), as prerrogativas do papado foram articuladas por escrito e ganharam mais expressão. Nesta época, o cânon da sucessão apostólica, claramente proposto como uma norma de legitimação e ortodoxia ao final do século 2, estava totalmente desenvolvido, e Leão foi hábil em explorar esse cânon que o colocava como sucessor de Pedro e também, como ‘o vicário de Pedro’. Com o apoio da autoridade civil do Império Romano do Ocidente, Leão interveio, com sucesso, em assunto de outras igrejas do Ocidente como em Vienna, na França, onde ele posicionou-se contrariamente à decisão do bispo local.


            De Roma e o Evangelho”, de D. José Amigó y Pellícer (7ª Ed. FEB) lemos trechos do apêndice que reproduz o discurso do Bispo Strossmayer sobre a Infalibilidade Papal:

1.         “O papa Marcelino entrou no templo de Vesta e ofereceu incenso à deusa do paganismo. Foi, portanto, idólatra; ou, pior ainda: foi apóstata!”
Marcelino (296-304) - nº 031

2.         “Libório consentiu na condenação de Atanásio; depois, passou para o Arianismo.”
Libório ou Libério (352-66) - nº:  039

3.         “Honório aderiu ao Monoteísmo.”
                                   Honório I (625-638) - nº 081

4.         “Gregório I chamava AntiCristo ao que se impunha como -Bispo Universal; e entretanto, Bonifácio III conseguiu do parricida Focas obter este título em 607.”
Gregório I (590-604) - nº 075
Bonifácio III (607) - nº 077

5.         “Pascoal II e Eugênio III autorizavam os duelos, condenados pelo Cristo; enquanto que Júlio II e Pio IV os proibiram.”
Pascal II ou Pascoal II (1099-1118) - nº 183
Eugênio III (1145-53) - nº 197
Júlio II (1503-13) - nº 256
Pio IV (1559-65) - nº 264

6.         “Adriano II, em 872, declarou válido o casamento civil; entretanto, Pio VII, em 1823, condenou-o.”
Adriano II (867-72) - nº 124
Pio VII (1800-23) - nº 291

7.         “Xisto V publicou uma edição da Bíblia e, com uma bula, recomendou a sua leitura; e aquele Pio VII excomungou a edição.”
Xisto V (1585-90) - nº 267 
Pio VII (1800-23) - nº 291

8.         “Clemente XIV aboliu a Companhia de Jesus, permitida por Paulo III; e o mesmo Pio VII  a restabeleceu.”
Clemente XIV (1769-74) - nº 289
Paulo III (1534-49) - nº 260
Pio VII (1800-23) - nº 291

9.         “Porém, para que mais provas? Pois o nosso santo padre Pio IX não acaba de fazer a mesma coisa quando, na sua bula para os trabalhos deste Concílio, dá como revogado tudo quanto se tenha feito em contrário ao que aqui for determinado, ainda mesmo tratando-se de decisões dos seus antecessores?...”
            Pio IX (1846-78) - nº 295

10.       “... E vos atrevereis a sustentar que o Espírito Santo vos revelou que a infalibilidade dos papas apenas neste ano de 1870?...”
            “...Vergílio comprou o papado de Belisário, tenente do imperador Justiniano. Por isso, foi condenado no 2º Concílio de Calcedônia, que estabeleceu este cânone: - O bispo que se eleve por dinheiro será degradado.
            “Sem respeito àquele cânone, Eugênio III, seis séculos depois, fez o mesmo que Vergílio, e foi repreendido por S. Bernardo, que era a estrela brilhante de seus tempo.”
            Eugênio III (1145-53) - nº 197

11.       “Deveis conhecer a história do papa Formoso: Estevão XI (nota do blogueiro abaixo) fez exumar o seu corpo, com as vestes pontificais; mandou cortar-lhe os dedos e o arrojou ao Tibre. Estevão foi envenenado; e tanto Romano como João, seus sucessores, reabilitaram a  memória de Formoso.”
            Formoso (891-96) - nº 129

                Em nossos dados, os papas que se seguiram a Formoso foram
Bonifácio VI (896) - nº 130 e, logo após, Estéfano/Estevão V (VI) e não “XI”
 como aparece na publicação da FEB.
Estevão V (VI) foi feito santo. Após:
                Romano (897) - nº 132.
                João IX (898-900) - nº 134.
           

12.       “Lede Plotino, lede Barônio, Barônio, o Cardeal! É dele que me sirvo. Barônio chega a dizer que as poderosas cortesãs vendiam, trocavam e até se apoderavam dos bispados; e, horrível é dize-lo, faziam papas aos seus amantes!”
            “Genebrado sustenta que, durante 150 anos, os papas, em vez de apóstolos, foram apóstatas.”
            “Deveis saber que o papa João XII foi eleito com a idade de dezoito anos tão somente; e que o seu antecessor era filho do papa Sérgio com Marozzia.”
                João XII (955-64) - nº 149
                Antecessor: Agapito II (946-55).    
                                        Sérgio III (904-911) - nº 138.       

13.       “Que Alexandre VI era, nem me atrevo a dizer o que ele era de Lucrécia; e que João XXII negou a imortalidade da alma, sendo depois deposto pelo Concílio de Constança.”
            Alexandre VI (1492-1503) - nº 254
                João XXII (1316-34) - nº 230

Nota do Blogueiro: Os papas que têm seus nomes sublinhados estão presentes com psicografias no livro a “Revelação dos Papas”

            O Espírito Bittencourt Sampaio em psicografia de Frederico Jr no livro “Jesus perante a Cristandade” (5ª Ed. FEB)  nos aclara:

1.         Gregório, o Grande, (nascido em Roma em 540 e falecido em 604, foi eleito para em 590. Reformou a liturgia; acusam-no de ter mandado destruir grande número de manuscritos da antiguidade e de monumentos da arte pagã. Papa, apercebendo-se desse atentado (inovações - tentativas de restabelecimento da idolatria), mandou retirar de todas as igrejas os ídolos, censurando os ministros que em tal haviam consentido. Mais tarde, porém, vieram os seus sucessores Bonifácio II  e IV, que ordenaram não só o restabelecimento do culto aos ídolos, mas ainda o consideraram um dogma de fé!
                                   Gregório I (590-604) (S.) - nº 075.

2.         João XXIII  - Baldassare Cossa, natural de Nápoles, foi eleito papa em 1410, em Bolonha, por morte de Alexandre V, pelo voto de 16 cardeais, enquanto outros reconheciam papa Pedro de Luna, sob o nome de Bento XIII. João XXIII convocou o Concílio de Constança, que o depôs em 1415; foi, então, lançado em prisão, onde esteve durante três anos. O Concílio de Constança foi convocado por edito do imperador Segismundo em 1413; reuniu-se em 1414 sob a presidência do papa João XXIII.
                        João XXIII (1410-15) - nº 244.
                               Alexandre V (1409-10) - nº 243.
                               Bento (Benedito) XIII (1394-1423) - nº 242.

            João XXIII é também citado  pelo “Reformador”(FEB) de Abril de 1960:

            “O primeiro papa a receber o nome de João XXIII foi eleito em 17 de Maio de 1410, coroado em 25 e reinou até 29 de Maio de 1415, ou seja, durante cinco anos e dias.
            Seu nome civil era Baldassare Cossa, de uma nobre família napolitana. Nasceu em Nápoles, em 1360. Anteriormente foi acediago em Bologna e cardeal pontifício na România.
            Como papa, convocou o Concílio de Constança, em 1414.
            Acusado por seus inimigos de ter uma vida de desregramento, fugiu, com a proteção do duque Frederico da Áustria. Aprisionado e encerrado no castelo de Gottieben, foi deposto e mandado para Heidelberg, sendo libertado, em 1418, sob a condição de abdicar solenemente ao pontificado e reconhecer Martinho V, como seu sucessor, que lhe concedeu, em troca, o título de ‘decano dos cardeais’, com residência em Florença, onde desencarnou.”
Martinho V (1417-31) - nº 245

            Ainda Bittencourt Sampaio (Espírito):

3.         Honório I - papa de 626 a 628. Nasceu em Capua, era filho do consul Petrônio. Foi anatematizado muitos anos depois da sua morte, no Concílio de Constantinopla; e durante séculos os papas não subiam ao trono sem pronunciarem um anátema no qual proferiam o nome de Honório. Esta condenação de um papa como herético é o melhor argumento contra a infalibilidade.
            Diz P. Gratry: a anatemização de Honório é e será o eterno obstáculo à doutrina da infalibilidade papal.
Honório I (625-38) - nº 081

4.         Pio II - (Aeneas Silvius Piccolomini, 1405-64), papa (1458-64). Nascido de família nobre empobrecida, levou vida dissoluta como poeta mas reformou-se, ordenou-se em 1446 e tornou-se um importante humanista. Como papa proclamou a cruzada contra os turcos otomanos (outubro de 1458). Porém, o congresso de governantes cristãos reunidos em Mântua em 1459 redundou em fracasso e, apesar de repetidas tentativas de lançar a cruzada, a empreitada não foi levada a cabo. Morreu deixando para seu sucessor a herança de problemas com a heresia hussita e da guerra turca.
                                   Pio II (1458-64) - nº 250
Vide também “A Revelação dos Papas”
           
           
            O Espírito Bittencourt Sampaio em psicografia de Frederico Jr em  “Do Calvário ao Apocalipse” (6ª Ed. FEB) nos conta sobre...

1.         Pio V, originalmente Miguel Ghilieri: “Pontífice notável por seu caráter rígido e zelo ardente pelos interesses da igreja. Por seu ódio violento contra os heréticos, foi nomeado inquisidor da fé na Lombardia, cardeal em 1557, depois inquisidor geral de toda a cristandade, bispo de Sútri e de Mondóvi.
            Eleito papa em 1566, usou, no trono pontifício, de indizível severidade; o suplício do fogo era o recurso de que se servia para restabelecer a pureza da fé.
            O escritor Aonius Palearius foi uma de suas vítimas, mencionando os anais da época várias execuções desta espécie. Inflexível defensor do domínio da Santa Sé sobre todos os poderes seculares, ampliou a famosa bula - In Coena Domini.
            Distinguiu-se por suas grandes violências contra os protestantes da Alemanha, Polônia, Prússia, França, Países Baixos e a História lhe atribui a maior parte das conspirações papistas que perturbaram o reinado de Elizabeth da Inglaterra. Deixou cartas que foram publicadas em Antuérpia em 1640 e reeditadas por M. Luís de Potter, em Bruxelas, 1827.
            Na opinião deste escritor, as cartas de Pio V provam a toda evidência que a matança de S. Bartolomeu foi aconselhada e provocada por esse pontífice. Em vão, diz ele, sustentam o contrário os historiadores eclesiásticos, defensores do papado.
            Pio V, em sua correspondência diplomática, censura a Carlos IX a sua excessiva indulgência para com os hereges, ameaçando-o com a cólera divina, se os não mandasse degolar sem piedade.
            Em 28 de março de 1569, escreveu-lhe, a respeito da batalha de Jarnac: 

... “só conseguireis evitar a cólera do Senhor, vingando-o completamente dos celerados que o ofendem. Tome V. Majestade por exemplo o que sucedeu ao rei Saul que, tendo recebido ordem do Senhor, por intermédio do profeta Samuel, de exterminar os infiéis Amalecitas e não tendo cumprido essa ordem, perdoando ao rei desses infiéis, foi severamente punido, sendo privado do trono e da vida. Por este exemplo, quis Deus ensinar a todos os reis que esquecer os ultrajes que lhe fazem é provocar a sua cólera e indignação.”

            Continua L. de Poterr: - a simples morte dos culpados de heresia não satisfaz ao piedoso pontífice; ele exige o suplício.
            Assim, em 13 de abril de 1569, escrevia a Catarina de Médicis: - “Deveis, de acordo com vosso filho o réu Mto. Cristão, empregar todo o esforço para vingardes os ultrajes feitos a Deus e aos seus servos, tratando os rebeldes com justa severidade; só assim conseguireis comover o Senhor. Nada poupeis para que esses miseráveis sofram os suplícios que merecem.”
            Após a batalha de Mocontour, Pio V exorta o rei a mandar massacrar os prisioneiros protestantes, para acalmar a cólera divina. “Dai a morte, escreve ele, a todos quantos levantaram armas contra Deus e contra V. Majestade e estabelecei desde logo inquisidores em cada uma de vossas cidades, pois que só assim conseguireis o restabelecimento do antigo esplendor dos vossos estados.”
            Pio V (1566-72) (S.) - nº 265

2.         Xisto V - (Felice Peretti, 1521-90), importante religioso franciscano, com experiência na inquisição veneziana (1557-60), eleito papa (1585-90) como candidato de conciliação. Buscou repassar a desordem em que se encontravam os Estados papais. O consequente crescimento das receitas públicas permitiu que se engajasse em um extenso programa de construções, que destituíram Roma de sua feição medieval, conferindo-lhe características barrocas. As mudanças na administração da igreja central, por ele empreendidas, contribuíram para o sucesso da Contra Reforma.
            Xisto V (1585-90) - nº 267

3.         Clemente XIV - Sucedeu a Clemente XIII. Seu nome era João Vicente Antônio Ganganelli. Foi  eleito papa em 1769, morto em 1774, por envenenamento. - Franciscano. Por duas vezes recusou a dignidade de Geral de sua ordem.
            Elevado ao Pontificado, portou-se com muita prudência e doçura. A questão mais importante do seu governo foi a da ordem dos Jesuítas, cuja supressão quase toda a Europa reclamava. Não querendo esse pontífice deixar-se levar por pressão do poder temporal e desejando mesmo salvar a existência dessa ordem, leu com muita atenção tudo quanto se havia publicado a favor e contra ela, nomeando uma comissão de cardeais para examinar todas as peças desse grande processo.
            Afinal, depois de várias outras medidas preliminares, decretou a supressão da Ordem pelo Breve Dominus ac Redemptor, a 24 de Julho de 1773. Esse seu procedimento lhe valeu grande número de inimigos, que muito o caluniaram e insultaram, em sucessivas publicações de odiosos panfletos.
            Morreu pouco depois de ter assinado o Breve, havendo quem afirme que fora envenenado. Clemente XIV era instruído, inteligente, caritativo, desinteressado e infatigável trabalhador. A seu respeito pode ser consultada a “História do Pontificado de Clemente XIV” (Paris, 1853), pelo Padre Theiner. Trecho do livro “Do Calvário ao Apocalipse” (FEB), de Bittencourt Sampaio por Frederico Jr.
            Clemente XIII (1758-69) - nº 288
Clemente XIV ( 1769-74) - nº 74

Nenhum comentário:

Postar um comentário